A Diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Sintius) participou, na noite da última quarta-feira, dia 27, da audiência pública convocada pela Câmara de Registro para discutir o novo contrato com a Sabesp proposto ao Município, após a conclusão do processo de privatização da empresa.

O Sindicato ressaltou que a venda da companhia de saneamento para a iniciativa privada provocará a demissão de trabalhadores experientes e qualificados, que serão substituídos por funcionários que receberão salários mais baixos, afetando diretamente a economia local. Além disso, esse processo resultará na precarização dos serviços ofertados à população e na majoração excessiva das tarifas de água e de esgoto.

A Secretaria de Estado de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística (Semil) fugiu da discussão ao não mandar representantes para o evento realizado no auditório do Senac, deixando muitas dúvidas e questionamentos sem respostas.

A vereadora Sandra Kennedy (PT) lamentou a ausência de integrantes do Governo do Estado para explicar melhor como foi definido o plano de investimentos para o Município e indagou quais serão as consequências para a população, caso a empresa seja privatizada.

A audiência pública foi uma excelente oportunidade para a população, trabalhadores da companhia e representantes de entidades da sociedade civil debaterem melhor essa questão, pois o evento promovido pela Semil, no dia 29 de fevereiro, ocorreu às 14 horas, inviabilizando a participação da maioria da sociedade nesse debate fundamental.

Durante as discussões, também foi citado como ponto de atenção o fato de o Município abrir mão da autonomia da titularidade dos serviços de saneamento ao aderir à URAE (Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário), sem o aval do Legislativo, o que compromete o planejamento de ações e investimentos na Cidade.

Fonte: Ascom Sintius