Fruto de gestão e de trabalho árduo da categoria, que tem buscado, a cada ano, por meio de um grande esforço coletivo, melhorar a eficiência da empresa, em 2023, a Embasa teve um crescimento significativo, conforme dados do Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras, divulgado na sexta-feira (29/03). Isso possibilitou que a empresa realizasse cerca de R$ 1 bilhão em investimentos no último ano. Segundo a própria Embasa, a estatal ainda tem recursos assegurados para os próximos cinco anos da ordem R$ 6,7 bilhões.

Em relação aos investimentos, além dos indicadores internos favoráveis, incluindo baixo endividamento e capacidade financeira, esse bom cenário seria impossível sem a eleição de Jerônimo Rodrigues (PT) e Lula (PT). O primeiro impediu a vitória de ACM Neto, um privatista de carteirinha, e o segundo possibilitou para a Embasa, e outras empresas públicas de saneamento, acesso a recursos federais, tanto do Orçamento Geral da União (OGU) quanto de bancos públicos, algo impossível com Bolsonaro e Temer. Assim, esses novos “ventos” trouxeram também excelentes oportunidades para que a Embasa tenha acesso a financiamentos de longo prazo, visando ampliar o atendimento do abastecimento de água e esgotamento sanitário para a sociedade baiana, sem, contudo, impor para a população os altos custos da privatização.

O processo de entrega das empresas de saneamento à iniciativa privada, tanto no Brasil como em outros países, tem demonstrado resultados assustadores, como baixo índice de investimento e práticas abusivas de tarifas de água e esgoto aplicadas à população. Essas empresas privadas têm como foco principal não investir na melhoria da prestação dos serviços, mas voltar todos os seus esforços para remunerar cada vez mais o capital privado, sedento por dinheiro fácil.

Há anos, o Sindae tem denunciado publicamente que a privatização da Embasa, seja através da perda do seu controle acionário pelo estado, abertura de capital ou parcerias público-privadas, não era o caminho para a universalização do saneamento, e que somente uma empresa pública forte poderia levar água e esgotamento sanitário para toda a população, principalmente em um estado em que mais de dois terços do seu território está localizado no semiárido, região caracterizada por altas temperaturas e longos períodos sem chuvas.

De acordo com o Relatório de Administração e Demonstrações Financeiras da Embasa, em 2023, foram acrescidas 97 mil ligações de água e 69 mil de esgoto, na área de atuação da empresa.

Fonte: Ascom Sindae-BA