Artigo: Lucas Tonaco*
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A Bolívia, com área total de 1.098.581 quilômetros quadrados, e com 11,2 milhões de pessoas, a Bolívia possui uma história marcada por conflitos relacionados à água, alguns dos quais tiveram repercussões significativas em diferentes regiões do país. Um exemplo notório é a chamada “Guerra da Água” ocorrida em Cochabamba, entre 1999 e 2000. Nesse período, protestos e manifestações surgiram em resposta ao aumento do preço da água potável, após a privatização do serviço de água e saneamento básico. O conflito reflete a importância da água como um recurso essencial para a vida e a dignidade das pessoas, assim como as tensões geradas pela gestão da água em contextos de escassez e desigualdade socioeconômica. Além disso, a Bolívia enfrenta desafios relacionados ao acesso à água potável e saneamento básico em áreas rurais e periurbanas, a contaminação de corpos d’água devido à atividade mineradora e industrial, e a necessidade de preservar os ecossistemas aquáticos. Esses conflitos são influenciados por fatores étnicos, antropológicos e socioeconômicos, como a distribuição desigual dos recursos hídricos entre diferentes grupos étnicos e a marginalização de certas comunidades no acesso à água. A Bolívia possui um arcabouço legal e institucional para a gestão dos recursos hídricos. A Constituição Política do Estado, promulgada em 2009, reconhece o direito humano à água e estabelece a responsabilidade do Estado na gestão e preservação dos recursos hídricos. A Autoridade de Águas e Saneamento Básico (AAPS) é o órgão responsável por regular e fiscalizar os serviços de água e saneamento no país.

No contexto militar, as Forças Armadas da Bolívia desempenham um papel relevante na proteção dos recursos hídricos e na resposta a desastres naturais relacionados à água. Por meio de unidades especializadas, como os Grupos de Proteção aos Recursos Naturais e Meio Ambiente, são desenvolvidas ações de vigilância, fiscalização e controle para prevenir atividades ilegais que possam afetar os recursos hídricos. As políticas governamentais também desempenham um papel fundamental na abordagem dos conflitos e desafios relacionados à água. O Plano Nacional de Desenvolvimento e Investimento (PNDI) estabelece diretrizes para a gestão integrada dos recursos hídricos, promovendo a participação cidadã, a equidade no acesso à água e a conservação dos ecossistemas aquáticos.Os conflitos relacionados à água na Bolívia têm uma dimensão étnica e antropológica significativa. A população indígena, que representa uma parcela considerável da sociedade boliviana, possui uma relação profunda e ancestral com a água e os ecossistemas aquáticos. Questões de territorialidade, direitos ancestrais e conhecimentos tradicionais são elementos relevantes na abordagem dos conflitos relacionados à água.

Além disso, a dimensão econômica dos conflitos está relacionada à exploração de recursos naturais, como a mineração, que pode afetar a disponibilidade e a qualidade da água. O desafio está em conciliar a atividade econômica com a preservação dos recursos hídricos e o respeito aos direitos das comunidades afetadas. Do ponto de vista geopolítico, a Bolívia compartilha bacias hidrográficas com países vizinhos, como o Brasil, o Peru e o Chile. A gestão conjunta dos recursos hídricos e a negociação de acordos internacionais são fundamentais para garantir a segurança hídrica e evitar conflitos entre os países. Existem diversos estudos acadêmicos que abordam os conflitos e desafios relacionados à água na Bolívia. Um exemplo é o estudo realizado por Cáceres et al. (2018), intitulado “Water Conflicts in Bolivia: A Multidimensional Analysis”, que analisa os diferentes aspectos dos conflitos pela água no país, incluindo aspectos políticos, socioeconômicos e ambientais. Relatórios de instituições como a Fundação Heinrich Böll, a Oxfam e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) também fornecem dados e análises sobre a situação hídrica na Bolívia, destacando a importância da governança participativa, da gestão integrada dos recursos hídricos e da adaptação às mudanças climáticas. Essas referências acadêmicas, relatórios e dados contribuem para embasar cientificamente as políticas e ações governamentais em busca de soluções sustentáveis para os conflitos relacionados à água na Bolívia.

Água e Inteligência na Bolívia

Disseminação de inteligência para o governo boliviano. A DGI também é responsável pela proteção da segurança nacional da Bolívia. A DGROC é a agência de inteligência da Polícia Nacional da Bolívia. A DGROC é responsável pela coleta, análise e disseminação de inteligência para a Polícia Nacional da Bolívia. A DGROC também é responsável pela proteção da segurança pública da Bolívia. A DGPS é a agência de inteligência do Ministério da Defesa da Bolívia. A DGPS é responsável pela coleta, análise e disseminação de inteligência para o Ministério da Defesa da Bolívia. A DGPS também é responsável pela proteção da segurança militar da Bolívia. A questão da água na Bolívia é uma questão importante para as instituições de inteligência da Bolívia. As instituições de inteligência bolivianas estão cientes do potencial de conflitos por água na Bolívia. As instituições de inteligência bolivianas também estão cientes do potencial de uso da água para fins de terrorismo e crime organizado. As instituições de inteligência bolivianas estão trabalhando para identificar e mitigar os riscos relacionados à questão da água na Bolívia. As instituições de inteligência bolivianas também estão trabalhando para promover a cooperação entre os países da região na gestão dos recursos hídricos compartilhados.

Lucas Tonaco – secretário de Comunicação da FNU, dirigente do Sindágua-MG, acadêmico em Antropologia Social e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

 

 

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