Representantes da FNU (Edson Aparecido da Silva, assessor de saneamento) e do ONDAS (Ricardo Moretti e Marcos Helano Montenegro) estiveram reunidos, nesta segunda-feira (27/11), com o presidente interino da FUNASA, Alexandre Motta, para entregar a Carta Aberta ao Presidente Lula: Para onde caminha o saneamento básico no Brasi?, assinada por 158 entidades que denunciam o papel privatizante que vem sendo adotado pelo BNDES; e também fazer gestões para agendar audiência com o presidente da República.

Os representantes das entidades destacaram seis pontos durante a reunião:

1. implantação do Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR);

2. enfrentamento dos problemas com caminhões pipa que levam água potável já há alguns anos para famílias que vivem em zonas rurais de municípios em emergência pela seca, sobretudo no semiárido do Nordeste e de Minas Gerais;

3. relação da FUNASA com o Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR) no Ceará;

4. apoio da FUNASA para a retomada do programa 1 milhão de cisternas que tem a Articulação Semiárido (ASA) como uma das principais protagonistas;

5. reaproveitamento das águas, através do aperfeiçoamento do tratamento das águas servidas de forma a viabilizar sua utilização na irrigação de culturas em áreas de baixa disponibilidade hídrica do semiárido, dando andamento a iniciativas que vêm sendo conduzidas pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA), Unidade de Pesquisa do Ministério Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI);

6; Conferência Nacional sobre Saneamento Rural, proposta do ONDAS que vem sendo articulada a partir de interação com a ministério do Desenvolvimento Agrário e com parlamentares ligado à luta no campo.

A partir da reunião com o presidente da FUNASA, as entidades propuseram a criação de um grupo de trabalho composto por técnicos da FUNASA, designados pelo seu presidente, e representantes da FNU, FENATEMA e ONDAS. O objetivo do grupo será aprofundar os temas tratados na reunião, com destaque para a proposta de Conferência Nacional sobre Saneamento Rural.

A reunião foi realizada seguindo as deliberações do Coletivo Nacional de Saneamento e da coordenação do ONDAS.