Os trabalhadores da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) deram uma pausa na greve, iniciada ontem, e retornaram ao trabalho depois de aceitarem a proposta da empresa de reajuste salarial de 4,18% a ser pago em uma única vez, a partir de outubro.Novas deliberações acerca das negociações em torno do Acordo Coletivo de Trabalho serão tomadas nessa quinta-feira (21), quando nova assembleia foi marcada. Dependendo da conversa com a Casal, a paralisação pode ou não ser retomada.

Segundo a categoria, o Acordo Coletivo de Trabalho não foi fechado ainda e está com itens pendentes como o plano de saúde, por exemplo, ponto mais controverso, no momento, entre categoria e Companhia.

O reajuste aceito pela categoria corresponde ao mesmo índice apresentado pela Companhia em reunião ocorrida na última segunda-feira.

No entanto, a ser pago em sua totalidade a partir do mês de outubro e não mais parcelado em duas vezes. A proposta inicial era pagar uma parcela em outubro deste ano (2%) e outra parcela em março de 2024 (2,8%).

Na avaliação do Sindicato dos Urbanitários, a paralisação dos trabalhadores da Casal foi vitoriosa e garantiu avanço significativo nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho deste ano.

“Tivemos reposição integral da inflação, com pagamento de todo o retroativo à data-base e ganho real no ticket alimentação”, detalhou a presidente do Sindicato dos Urbanitários, Dafne Orion que destacou que a categoria segue em estado de greve, mobilizada.

Olhar diferenciado

Conforme Dafne Orion, o governo do Estado precisa ter um olhar diferenciado sobre a Casal devido à importância da empresa que é a grande responsável pelo saneamento de todo o estado de Alagoas. “É uma das poucas empresas do governo do Estado. É a Casal quem fica com as comunidades rurais que abraçam as comunidades carentes parte que nenhuma empresa privada quer atender”, discorreu.

Com o avanço, salientou a presidente do Sindicato dos Urbanitários, a categoria decidiu, em assembleia, encerrar a paralisação e, aguardar nova reunião entre o Sindicato e a Casal, amanhã, quando serão definidos detalhes dos pagamentos e a cláusula sobre o plano de saúde.

“Na manhã de ontem, durante a assembleia, que lotou o prédio sede da Casal, a categoria demonstrou sua força e poder de mobilização, conseguindo arrancar da empresa os avanços pretendidos, demonstrando sua força e consciência de luta”, defendeu a líder sindical.

Segundo a presidenta do Sindicato, Dafne Orion, os trabalhadores e trabalhadoras da Casal estão de parabéns por essa conquista. “O Brasil mudou e agora conseguimos ganho real em nossas negociações. Ainda não encerramos o acordo porque temos que garantir a manutenção do nosso plano de saúde. Eu reafirmei para a direção da empresa que não mexa em nosso plano de saúde”, frisou a presidenta.

Segundo ela, a categoria chegará à mesa de negociação amanhã com o peso dessa paralisação, mostrando que está mobilizada e pronta para não aceitar retrocesso em no plano de saúde.

Na avaliação da presidente do Sindicato dos Urbanitários, a questão do plano de saúde é um tema muito sensível por atender a todas as vidas dos trabalhadores da ativa e todos os aposentados. “Estamos com muita esperança de revolver o plano de saúde”, adiantou Dafne Orion.

Por Valdete Calheiros/Colaboradora com Tribuna Independente