Em  Minas Gerais:
COPASA USA FORASTEIRA EM CARGO DE SUPERINTENDENTE DE RH QUE TENTA INTERFERIR EM ORGANIZAÇÃO SINDICAL

A Copasa (cia. de saneamento de Minas Gerais) está apresentando em Minas Gerais mais um caso condenável de interferência na liberdade dos trabalhadores em se organizarem través do sindicato representativo da categoria. A empresa se recusa em liberar diretora do Sindicato para desempenhar atividade na entidade, afirmando que só liberará dirigente da sua conveniência.

A Copasa vem burlando a Constituição Federal e do Estado de Minas Gerais com a contratação de profissionais para cargos que exigem concursos públicos e que devem ser preenchidos através de progressão de carreira, não cumprindo condição importante para impedir na empresa a prática de nepotismo e cabide de emprego para indicações políticas.

Profissional de fora da empresa, com histórico de atuação em empresas privadas, foi contratada para desempenhar o cargo de Superintende de Pessoas e, ao contrário do que se espera na administração relações humanas, agride todos os princípios que vinham sendo perseguidos para o melhor entendimento entre a empresa a representação dos trabalhadores.

A Superintendente da Copasa, Glenda Lúcia Arthuzo, de contratação externa, sem concurso, encaminhou ofício recusado afirmando ao sindicato que “não será possível liberar” dirigente sindical indicado pela entidade para ocupar vaga garantida por Acordo Coletivo de Trabalho. De forma autoritária e autocrática, afirma que “se tiverem outro dirigente que possa atender às demandas, a Copasa MG fará uma nova análise para verificar a viabilidade de cedê-lo”.

A superintendente forasteira deseja escolher o nome que será liberado para ocupar o cargo sindical. Argumenta que a funcionária desempenha uma “atividade chave” na empresa, decidindo intempestivamente pela não liberação. Usa esse argumento seletivamente para mencionar apenas trabalhadores com atividades “chave”, mostrando que ela não entende a importância de cada função dentro da empresa, sobretudo porque, além de estar ocupando irregularmente um cargo que deveria ser de funcionário de carreira, fecha os olhos para a transformação da Copasa em um cabide de empregos.

LUTA CONTRA O NEPOTISMO
Na década de 80, o SINDÁGUA, sindicato que representa a categoria, já travava uma campanha intensa contra a nomeação de cargos políticos dentro da Copasa, que frequentemente eram utilizados para acomodar apoiadores de políticos influentes, resultando no preenchimento de cargos públicos com pessoas indicadas. O Sindicato travou uma luta intensa contra os “paraquedistas” que eram colocados em cargos dentro da empresa, denunciando as indicações políticas no quadro de funcionários da empresa

Esta luta foi reconhecida tanto pela Constituição Federal de 1988 quanto pela Constituição do Estado de Minas Gerais, que exigem a realização de concursos públicos para contratação em empresas estatais.

Infelizmente, com o governo Zema, ignorando as constituições e o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), a Copasa voltou a se transformar em um cabide de empregos, com ampla contratação sem concurso público.

Fonte: Ascom Sindágua – MG