O Sinergia/MS está acompanhando com muita atenção e revolta as denúncias de assédio eleitoral cometido pela empresa JSRM Consultoria e Prestação de Serviços Elétricos, terceirizada da Energisa-MS. O caso está sendo divulgado a nível nacional pelo site G1 e outros veículos de comunicação.

A denúncia foi feita de forma anônima por trabalhadores que participaram de uma reunião na qual teriam sido coagidos pelo dono da empresa a votarem em determinado candidato. O registro da denúncia foi confirmado pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT-MS).

O Sindicato repudia todo e qualquer tipo de assédio. Pela legislação, o patrão (empregador) não pode ameaçar para votar em determinado candidato sob pena de demissão. O voto é uma liberdade e é secreto. Qualquer pessoa que presenciar direta ou indiretamente episódios de assédio ou coação eleitoral, em um ambiente de trabalho, pode denunciar ao MPT.

“É um absurdo que o dono de uma empreiteira da Energisa, faça ameaças aos trabalhadores dessa forma, principalmente os eletricistas que, nesse governo, tiveram uma das maiores perdas no Brasil que foi o fim da aposentadoria especial por tempo de contribuição. Com a nova lei, o trabalhador tem que ter idade mínima de 60 anos para se aposentar na especial”, destaca o presidente do Sinergia-MS, Elvio Vargas.

O dirigente sindical também critica as ameaças de demissão realizadas pela empresa. “Vale a pena informar ao dono da referida empreiteira que a demanda do serviço existe e continuará existindo e, caso ele resolva fechar as portas, outras empreiteiras sérias e que respeitam os trabalhadores virão e, com certeza, a mão de obra dos trabalhadores será absorvida”.

A JSRM não aceita a representação do Sinergia-MS, contrariando a vontade dos próprios trabalhadores que já se manifestaram até com abaixo-assinado para serem representados pelo Sinergia-MS, que, por meio da assessoria jurídica, já entrou com ação judicial cobrando na Justiça a representação.

O Sinergia-MS é o Sindicato dos Eletricitários em Mato Grosso do Sul e a JSRM presta serviços à Energisa. Todas as demais empreiteiras que também prestam serviços à Energisa são representadas atualmente pelo Sinergia-MS, exceto essa empresa que se recusa e insiste em fazer acordos coletivos com o Sindicato da Construção Civil.

“Esperamos que não só a Justiça através do MPT faça a sua parte como também que a própria Energisa, responsável indiretamente pelos trabalhadores, tome as medidas necessárias. Estamos de olho e pedimos a todos os eletricitários que fiquem atentos e não aceitem e denunciem qualquer tipo de assédio, seja ele moral, sexual ou eleitoral. O Sinergia-MS permanecerá sempre na luta pela democracia e pela liberdade dos trabalhadores e trabalhadoras”, ressalta Elvio Vargas.

Por: Sinergia-MS