Poderia ser de “matar de rir” se não merecesse total desprezo e repulsa a “Carta de Despedida” do ex-presidente Carlos Eduardo para os trabalhadores copasianos, que nunca foram “Prezadas” ou “Prezados” nas medidas e nas referências pelo ditador do qual nos livramos.

Sua passagem pela Copasa repete tragédias e deixa saldo de horror numa disputa com Márcio Nunes e Mauro Ricardo de qual teria sido pior para a empresa, os trabalhadores e os consumidores de serviços essenciais.

Pode soar apenas como “descaramento” deixar o documento falando bem de si mesmo, tentando plantar, através de uma história oficialesca, as distorções de uma realidade, falando sem nenhum escrúpulo de “legado” que ele e sua turma tenham “trazido para a Copasa”, de colocar o “Cliente no centro de todas as decisões estratégicas”.

O legado deixado, no modelo de gestão de tratorar as leis, desrespeitar a Constituição que exige concurso público para preenchimento de cargos, de não cumprir Acordos Coletivos de Trabalho e de TACs com o Ministério Público do Trabalho, de burlar o Plano de Cargos e Salários, foi o de sucatear a estrutura operacional da empresa, de praticar uma farra na distribuição de dividendos acima do lucro líquido para acionistas, de comprometer seriamente a sustentabilidade da empresa, destruindo a sua imagem junto à população, por tirar a capacidade e instrumentos de trabalho para prestarmos um serviço essencial de qualidade, de criar a animosidade com municípios grandes em constantes ameaças de rescisão ou de não-renovação de concessões.

Os trabalhadores em todo o Estado estão penando com a falta de estrutura de atendimento, com um quadro de pessoal escasso para uma demanda constante, e são perseguidos por um modelo autoritário na administração, com medidas orientadas pelo Governo Zema de destruir estruturas de atendimento, de contratação de empreiteiras (de preferência do Paraná) e fermentando discursos de deputado picareta, que adotou atacar estatais do próprio Governo que apoia, para tentar dar um salto político em cargo e voo mais alto na exponencial vocação para o entreguismo do patrimônio público.

O ex-presidente, que represou acordo coletivo dos trabalhadores por três anos, nos obrigando à sufocante situação de salários defasados por tanto tempo, que obteve num único mês remuneração de R$ 490 mil, que contratou primo em cargo de confiança e até superintendente de RH em recrutamento amplo, sem vínculo com a empresa, deixa um legado de destruição, de trabalhadores técnicos de alto perfil de qualificação profissional saindo da empresa, para se livrarem de perseguição e hostilidade por assessores que deveriam estar também sendo defenestrados e jogados no lixo da história da empresa.

O legado deixado será definitivamente eliminado com a eleição de outubro, quando, pelas bençãos da consciência no voto, poderemos nos livrar de asseclas que ainda sobrevivem na empresa e que exercem um trabalho hostil e destrutivo para desqualificar a Copasa, que, outrora, já recebeu título da Unesco como “empresa modelo de saneamento”.

Fonte: Ascom Sindágua-MG