Os trabalhadores e trabalhadoras da Caema, reunidos em Assembleia Geral, em São Luís e Regionais nos dias 23 e 24 de junho, deliberaram pela rejeição parcial da segunda contraproposta da Caema e aprovaram ainda propostas a serem apresentadas a diretoria da empresa e paralisação de advertência de 24 horas no dia 1º de Julho (próxima sexta) se, até lá, as negociações não avançarem.

A categoria considerou vergonhosa a proposta da empresa de reajuste salarial de 10% (sem retroatividade) apenas para quem recebe remuneração de até 10 mil reais em troca de total quitação de todos os passivos do período (2018/2022), inclusive de qualquer decisão judicial do Dissídio Coletivo 2019, que tramita na Justiça.

A proposta é divisionista, tem clara intenção de dividir os caemeiros e caemeiras; é vergonhosa, uma vez que oferece 10% quando as perdas acumuladas no período 2018/2022 já ultrapassam os 30%, resultado de quatro anos sem reajuste; e por fim, é indecente, pois oferece uma migalha e pede que o trabalhador abra mão de todos os seus direitos, inclusive os que estão sob análise de dissídio coletivo, em matéria já judicializada.

No caso das demais cláusulas, como já divulgamos, não nenhuma alteração em relação à primeira contraproposta, ou seja, não houve nenhum avanço.

A Caema trata seus trabalhadores e trabalhadoras com profundo desrespeito e dar continuidade à política de desvalorização do trabalho, marcada ainda pela má gestão administrativo-financeira e total falta de transparência.

Diante de tudo isso, os trabalhadores decidiram por:
– Rejeição Parcial da Contraproposta da empresa, com volta imediata ao processo negocial;
– Paralisação de advertência de 24 horas no dia 1º de Julho, caso não haja avanços;
– Reivindicar que o Presidente e/ou o Diretor de Administrativo-Financeiro participem efetivamente do processo negocial, sentando à mesa de negociação com o Sindicato;
– (Re)Apresentar um rol de propostas para a diretoria da Caema para melhoria da crise financeira e uma gestão mais transparente.

Agora, é intensificar a mobilização, construir a paralisação de 24 horas e mostrar para a diretoria da Caema, mais uma vez, que caemeiro e caemeira merece respeito.

Fonte: Ascom STIUMA