REENCONTRO

Evento debateu a importância da segurança hídrica e de manter a Cagepa pública

“Ninguém se perde na Volta”, foi com esse sentimento que o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviço de Esgotos do Estado da Paraíba, Sindiágua-PB, recebeu nesta quinta (14), em sua sede, o ex-governador Ricardo Coutinho para a Tarde de autógrafos do livro “Gestões de Ricardo Coutinho 2011-2018”.

Um momento de afetos e reencontros cercado por avaliação do cenário político pelo qual o Brasil e a Paraíba passam.

“É um prazer enorme, uma satisfação e um orgulho, não só para nós dirigentes desta entidade, mas para todos os trabalhadores da Cagepa. Essa tarde e noite aqui, nós fomos agraciados com a presença do nosso ex-governador, nos presenteando com esse livro da sua gestão, e o que eu tenho a dizer para os trabalhadores da Cagepa é que temos que continuar nossa luta, o que foi dito aqui hoje é o que a gente vem sempre reafirmando junto aos trabalhadores, não à privatização da água, não aos desmandos dentro da nossa empresa, queremos uma empresa pública, um saneamento justo, e que toda a população da Paraíba tenha direito de receber água’, disse José Reno de Sousa, presidente do Sindiágua-PB.

Trabalhadoras e Trabalhadores da Cagepa vieram de longe e de perto para receber das mãos de Ricardo seu livro autgrafado e ao mesmo tempo reconhecer o trabalho realizado por ele em favor da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), durante seu governo.

Estiveram no evento além das cagepianas e cagepianos, os presidentes da Central Única das Trabalhadoras e Trabalhaodres (CUT-PB), Tião Santos, do Partido das Trabalhadoras e dos Travalhadores (PT) estadual e municipal, Jackson Macêdo e Antônio Barbosa, representantes da Frente Barsil Popular e do Comitê Estadual em Defesa dos Serviços Públicos e Contra as Privatizações, o vereador de João Pessoa, Marcos Henriques (PT), os sindicatos dos Ferrroviários, dos Trabalhadores de Educação da Paraíba, dos Bancários e dos Correios, além do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos. Além das mensagens por vídeo das deputadas esatduais, Estela Bezerra (PT) e Cida Ramos (PT) e da presença da assessoria da ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena (PT). O ex-deputado federal, Luiz Couto (PT) também esteve presente no evento.

“Eu estou surpreso de ver tanta coisa solidária, bacana, forte. Eu acho que o Brasil está precisando disso. Nós fomos surpreendidos, de 2013 para cá, por uma desarticulação generalizada e que permitiu o surgimento de uma extrema direita nesse país, que deu dois golpes seguidos Brasil, em 2016 e em 2018 e que fez com que vivêssemos o pior período que o Brasil já vivenciou, infelizmente. O lavajatismo que destruiu o Brasil, quer destruir a Paraíba também, mas nós não conseguir não, eles vão perder, nós vamos vencer essa luta porque é uma luta fundamental”, foi com esse clima que Ricardo Coutinho abriu sua fala.

E seguiu lembrando o quanto a Cagepa o desafiou e o ensinou sobre a importância de manter uma empresa pública, fortalecida, com eficiência e responsabilidade.

“Eu não conseguia compreender como uma empresa como a Cagepa dava prejuízo. Até 2010, era essa a realidade da empresa. E nós transformamos isso. Se nós olharmos a Cagepa em 2010 e depois olhar como estavam em 2018 você vai ver uma diferença enorme. O estado teve a capacidade de resolver o problema, construindo barragens e adutoras em todos os recantos, além de tratar melhor a água. Saímos de um prejuízo de 51 milhões, em 2010, para um lucro de 120 milhões, em 2018. Ou seja, provamos que era possível, melhoramos os serviços e o atendimento, e eu vim aqui agradecer a todos os trabalhadores da Cagepa em todo o estado, por todos esses reusltados, que só foram possíveis por causa deles”, disse Ricardo.

Ricardo também falou da importância de manter a Cagepa pública e criticou a criação das quantro microrregioões do saneamento, realizada recentemente pelo Governo da Paraíba. “Eu sei a importância que tem para a sociedade de manter o controle público sobre a distribuição da água. Quando eu vi o estudo do BNDES propondo as 4 microregiões, porque é o BNDES que está com o controle de tudo aqui, o esatdo não manda em nada, é o BNDES, respartiu o estado em 4 microrregiões garante o filé para empresas de grande porte e, ao mesmo tempo, o prejuízo, nas áreas em que as empresas privadas não querem entrar, fique para a empresa pública, a nossa Cagepa. Com repercussões extremamente graves por que como vamos ter uma empresa pública com cerca de 3 mil funcionários para cuidar de uma região ou talvez duas? Qualque um que deu sua palavra dizendo que não privatizaria a Cagepa deveria ter protelado a criação dessas microregiões porque o Bolsonarismo vai ser derrotado e as regras vão mudar”, declarou Ricardo Coutinho, criticando a atitude do governador João Azevêdo, em obedecer o governo Bolsonaro, colocando em risco de privatização a Cagepa.

“O governo não pode quebrar a Cagepa, o governo não pode privatizar a água porque o Brasil todo está esperando exatamente por 2020 e essa questão do desprezo ao patrimônio público se resolve na disputa política de 2022”, disse Ricardo.

A necessidade de garantir a segurança hídrica na Paraíba foi um dos temas debatidos e a criação das microregiões desarticula a rede criada para garantir essa segurança às paraibana e aos paraibanos, segundo o ex-governador.

Ricardo finalizou falando da necessidade de recuperar a soberania brasileira, a democracia e recompor o tecido social e que eleger Lula, nesse sentido, é fundamental para mudar o caminho que o Brasil e defender a água como monopólio público.

Para encerrar o momento, Ricardo Coutinho autografou os livros para a diretoria do Sindiágua-PB e conversou com as pessoas presentes.

Fonte: ASCOM SINDIÁGUA-PB