O presidente do SINDÁGUA, Eduardo Pereira, participou na terça-feira, 19 de dezembro, de uma reunião ampla com o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com presença dos sindicatos que representam trabalhadores no serviço público em todo o Estado de Minas Gerais.
A mobilização foi convocada pela Frente em Defesa dos Serviços Públicos, com reunião intermediada pelo deputado federal Rogério Correia (PT-MG), na defesa de estatais que prestam serviços essenciais à população sob a responsabilidade do Estado prescrita na Constituição Federal e nas constituições dos estados da Federação.
Foi entregue documento a Rodrigo Pacheco apontando os problemas enfrentados no Estado, além de solicitar a participação da Frente na discussão das medidas e a proteção das estatais púbicas mineiras contra o projeto de privatização como moeda saneadora da dívida de Minas com a União.
Eduardo lembra que “um dos pontos principais da reunião foi discutir a proposta de Pacheco, encaminhada ao Governo Lula, em que propõe a federalização de empresas como a Cemig e Copasa e alternativas para erradicar a dívida astronômica de cerca de R$ 160 bilhões de Minas Gerais com a União”.
Este ponto vem levantando bastante polêmica, lembrando que a dívida mineira cresceu exponencialmente nos cinco anos de mandato de Romeu Zema à frente do Governo de Minas Gerais.
A evolução da proposta supera as tentativas de Zema de aprovar a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que ameaça severamente todo o funcionalismo, além da PEC do Cala a Boca, que tenta impedir a determinação da Constituição mineira que obriga a consulta plebiscitária sobre a privatização de estatais, além da necessidade do voto de 3/5 dos deputados estaduais para autorizar o processo privatista.
O presidente do SINDÁGUA ressalta ainda que as articulações do senador Rodrigo Pacheco contrapõem as iniciativas do governador mineiro, que enxerga na entrega do patrimônio público mineiro à privatização como estratégia para se cacifar em seus projetos políticos à presidência da República e ao próprio Senado. Eduardo lembra que a participação na Frente de Defesa dos Serviços Públicos é oportunidade de denunciar o desmanche provocado pelo governador nas empresas estatais sob sua influência.

Fonte: Ascom Sindágua-MG