Ao longo dos últimos meses, a Diretoria do Sintius vem fazendo uma série de ações e atividades para chamar a atenção das organizações da sociedade civil, classe política, autoridades e população da Baixada Santista e do Vale do Ribeira para denunciar os prejuízos que serão causados com a privatização da Sabesp, como a majoração excessiva das tarifas, a demissão de trabalhadores com grande experiência e conhecimento do setor e a diminuição na qualidade do serviço prestado.

Por outro lado, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Logística e Infraestrutura, apresenta à imprensa e aos cidadãos a ideia que a privatização vai garantir um valor menor para as tarifas de água e esgoto, maior eficiência no atendimento às demandas e a universalização dos serviços de saneamento.

O atual chefe do Executivo paulista, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), tem pressa para se desfazer do principal patrimônio do governo de São Paulo, que abrirá mão de uma estatal de caráter estratégico para o desenvolvimento e saúde dos cidadãos. A previsão é que esse processo seja concluído em agosto.

Como diz a frase, o tempo é o senhor da razão. E, de forma gradual, a farsa começa a vir à tona para desmascarar o bom-mocismo daqueles que se apresentam como figuras técnicas e que agem para dilapidar o patrimônio público.

Nesta terça-feira, dia 9 de abril, a coluna Painel S.A., do jornal Folha de São Paulo, traz a informação que dois importantes nomes do Governo Bolsonaro – o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, estão de olho na Sabesp.

A dupla, que atuou com Tarcísio no Governo Federal, é sócia da gestora Ivy, que fez um acordo com a Aegea, a maior empresa privada de saneamento do País, para disputar uma fatia de até 15% da Sabesp.
Vale lembrar que o novo marco regulatório do saneamento foi idealizado pelo Governo Bolsonaro justamente para extinguir o modelo de contrato entre os municípios e as empresas estaduais de água e esgoto, assim como facilitar o ingresso das empresas privadas nesse setor. Guedes e Montezano foram entusiastas dessas ideia e poderão colher os frutos agora.

Durante a gestão na qual Tarcísio fez parte, o BNDES virou um banco de referência e passou a estruturar projetos para estados e municípios que tinham interesse na privatização dos serviços. Ao invés de financiar projetos desse tipo, esse banco público deveria ter o papel de induzir o desenvolvimento econômico e social ao aportar mais recursos para empresas públicas.

Por esses motivos, a nossa luta contra a privatização da Sabesp e em defesa dos empregos de valorosos companheiros está longe do fim. O Sintius estará firme e forte mobilizando a sociedade nessa campanha, que precisa ganhar as ruas e as redes para evitar graves retrocessos à população!

Fonte: Ascom Sintius