Apesar da data-base dos trabalhadores da Energisa-MS ser no mês de novembro, a Campanha Salarial 2023 não chegou ao fim por falta de uma proposta da empresa que contemple os anseios da categoria.
Nas três assembleias para avaliar as propostas da Energisa-MS, os eletricitários rejeitaram o que estava sendo proposto – na última assembleia, em 26 de dezembro, a reprovação foi de 81%.
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A proposta da Energisa-MS era somente de repor a inflação de 4,14% e manter as demais cláusulas do ACT, sem atender nenhuma das reivindicações da categoria. A empresa também se mantém intransigente na proposta de discutir o retorno dos auxílios alimentação e refeição dos afastados somente se houver avanço no debate sobre regulamentar no ACT uma cláusula sobre a infração do DSR (Descanso Semanal Remunerado) e do intervalo de 11 horas.
Essa mesma postura foi adotada pela Energisa-MS na audiência de conciliação do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT), realizada em 15 de dezembro.
“Em mesa de negociação já nos negamos a negociar os intervalos dos trabalhadores, porque isso está em lei, na CLT. Se a empresa alega prestar um serviço essencial, 24 horas por dia, 7 dias da semana, é preciso reforçar o quadro de trabalhadores e não retirar o período de descanso. A Energisa-MS quer colocar em risco a vida do trabalhador para que o serviço seja executado”, disse o presidente do Sinergia-MS, Francisco Ferreira.
Com a reprovação das propostas por parte da categoria e sem nenhuma nova proposta por parte da empresa, agora, o Sinergia-MS vai aguardar a segunda audiência de conciliação do TRT, agendada para o dia 19 de fevereiro, às 15h, para dar continuidade às tratativas.
“A Energisa-MS já manifestou que não vai avançar na proposta, então, no trâmite da campanha, agora temos que aguardar nessa conciliação. Mas, nós do sindicato, vamos lutar até o fim para o retorno do tíquete dos afastados e também o pagamento do retroativo (novembro/dezembro/janeiro) quando o ACT for assinado”, destacou o presidente do Sinergia-MS.
Direitos dos acordos passado
Mesmo que um novo acordo não tenha sido fechado, todas as cláusulas do ACT 2022/2023 (do ano passado) estão valendo – isso porque a Assessoria Jurídica do sindicato entrou com a garantia de data base na Justiça e todos os direitos estão garantidos.
Fonte: Ascom Sinergia-MS