A Comissão de Administração e Serviço Público – CASP da Câmara dos Deputados realiza audiência pública, no dia 14 de dezembro, para debater a inciativa da Eletrobras de incorporar Furnas e seus efeitos para a prestação dos serviços de geração e transmissão de energia elétrica e suas consequências para Minas Gerais e o Brasil. A audiência atende o requerimento nº 85/2023 dos deputados Rogério Correia (PT/MG) e Reimont (PT/RJ).

No requerimento, os parlamentares ressaltam que a incorporação de Furnas pela Eletrobras vai além do cancelamento do CNPJ da empresa, destrói todas as referências que construíram a memória da “joia da coroa de Minas Gerais e do setor elétrico brasileiro”.

O documento destaca ainda que, “o fim de Furnas representa um revisionismo histórico de Minas e do Brasil, além de ser franca ameaça para o povo mineiro, os empregados de Furnas, a CAEFE, a ASEF, a Fundação Real Grandeza e a Após-Furnas”.

Por essa razão, os parlamentares apontam a necessidade do debate para avaliação dos impactos da medida e “buscarmos soluções políticas de reversão de um processo tão agressiva para Minas Gerais e para o povo brasileiro”.

Furnas é a maior das subsidiárias da Eletrobras, com presença em 15 estados e no Distrito Federal, e capacidade instalada de geração de mais de 18 GW. Furnas gera energia a partir de fontes hidrelétricas, gás natural, eólica e solar. Seu sistema inclui 22 hidrelétricas, duas termelétricas, um complexo com cinco parques eólicos e 35.201 km de linhas de transmissão e 72 subestações. Furnas foi a primeira empresa a produzir 1,5t de hidrogênio verde no Brasil.

A atividade acontece, no dia 14 de dezembro, às 13h, no Plenário 8, anexo 2.

Foram convidados para a audiência os seguintes representantes:

 Representante do Ministério de Minas e Energia

 Presidente da Eletrobras;

 Representante da Associação dos Empregados de Furnas;

 Representante do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais – SINDELETRO/MG;

 Representante do Instituto Ilumina, e;

 Prefeito do Município de Guapé (MG).

Por Roberta Quintino / Salve a Energia