o Sindieletro, em parceria com a vereadora Iara Pimentel, participou da audiência pública na Câmara Municipal de Montes Claros sobre a Atuação da Cemig na Zona Rural de Montes Claros. O plenário estava lotado por representantes de dezenas de comunidades rurais que vieram denunciar o atendimento realizado pela Cemig durante a Comissão de Agricultura. Os representantes do Sindieletro expuseram a gestão de Romeu Zema e explicaram o processo pelo qual a estatal passa nos últimos anos: desmonte e antecipação da privatização da Cemig.

A população, trabalhadores do meio rural, entidades e parlamentares sabatinaram os representantes da Cemig presentes. As queixas eram muitas: o atendimento robotizado e evasivo da concessionária; a ausência de resposta para as reclamações e solicitações; oscilação na disponibilidade de energia, resultando em grandes perdas de mercadorias e equipamentos. O Sindieletro sabe o motivo de tantos problemas e expôs o modus operandi da gestão Zema.

Em mesa, o coordenador-geral do Sindieletro, Emerson Andrada, relembrou que a Cemig é uma empresa pública que sofre um sério problema de gestão: “Todos os apontamentos feitos até agora falam sobre a responsabilidade de uma gestão que deveria perceber a função pública dessa estatal”, disse. Emerson relembrou o desmonte que a empresa vem sofrendo com vistas à privatização: “A Cemig vem passando por um processo de antecipação da privatização. O direcionamento dos esforços da empresa não é para a resolução dos problemas da população, mas para dar lucro aos acionistas”.

“A Cemig bate recorde de lucratividade, porque reduz os investimentos para atender ao mercado financeiro”, continuou. “E quando faz investimentos, o faz com o propósito firme e claro de garantir que o valor que a Cemig aumentou – R$8 bi, R$16 bi – seja remunerado na tarifa para distribuir mais dividendos”, finalizou.

Déficit de equipes próprias na região

Nosso secretário-geral, Jefferson Silva, também trouxe a denúncia dos desmontes de equipes na região: “A gestão da Cemig sabe que aqui na região há um déficit de 142 equipes próprias para fazer o atendimento. O que o presidente da Cemig faz? Demite trabalhadores experientes. Eletricistas que se localizam nas bases operacionais dos municípios também tiveram as bases fechadas. Tudo para reduzir custo!”, afirmou.

As denúncias das comunidades rurais são frequentes, de acordo com a vereadora Iara Pimentel: “Montes Claros tem mais de 10 distritos e 200 povoados. Recebemos essas denúncias regularmente no nosso gabinete. A nossa defesa é por energia de qualidade, barata e pública. Essa situação é um projeto de precarização do governador Zema, para garantir a privatização. Isso nós não aceitaremos!”.

“Nós não podemos esquecer que a Cemig é uma empresa pública”, disse Emerson Andrada. “O governador Romeu Zema nomeou o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi. Ele precisa assumir a responsabilidade como gestor da Cemig.”

Durante a audiência, o Sindieletro reafirmou a disposição para a luta conjunta com os trabalhadores rurais e a necessidade de trazer o debate para a ALMG, cobrando a responsabilização do governo Zema.

Cemig: esse “trem” é nosso!

Fonte: Ascom Sindieletro-MG