Na mais recente reunião de negociação da data-base 2022, ocorrida na quinta-feira, 3/11, a empresa insistiu na sua proposta inaceitável, cheia de retirada de direitos e inúmeros retrocessos. Os dirigentes sindicais disseram NÃO à proposta e foram enfáticos ao afirmar que jamais concordarão com uma proposta que venha prejudicar os trabalhadores e trabalhadoras.
DUAS RODADAS ESTA SEMANA
Esta semana, teremos duas reuniões para dar continuidade às negociações, uma nesta terça-feira, 8/11 e outra na quinta-feira, 10/11.
A empresa insiste em excluir a Cláusula 3ª Piso Salarial, deixando evidente sua intenção de demitir pais e mães de família, para poder contratar mão de obra com salários abaixo do piso estipulado pelo acordo coletivo de trabalho (ACT). Não vamos aceitar a exclusão de nenhum dos direitos, que foram conquistados ao longo de décadas de luta, pois a empresa não dá nada, os trabalhadores é que conseguem através da luta sindical. A data-base não é da empresa, pertence aos trabalhadores e tem objetivo de avançar nos direitos e não de retirar nossas conquistas.
EQUATORIAL COMPROU NOVA EMPRESA
Há 45 dias, ou seja, no dia 23 de setembro deste ano, a Equatorial comprou a distribuidora de energia Celg-D, da Enel, de Goiás, pagando 1,58 bilhão de reais. O Grupo Equatorial, que já tem forte atuação em distribuição no Norte e Nordeste e também atua no Suk di País, ampliou as operações para uma nova região geográfica, o Centro-Oeste, adicionando à sua base mais de 3,3 milhões de clientes.
Quer dizer, nada justifica a Equatorial Celpa ir à mesa de negociação para propor a exclusão de direitos. É desumana e injusta a prática empresarial de ganhar em cima do prejuízo de seus trabalhadores/as, justamente os que suam a camisa para que a empresa alcance os crescentes lucros bilionários anuais.Assim como não há motivo para a empresa propor a redução do valor referente ao Auxílio-creche (Cláusula 17ª) em 19,90%. E a desumanidade não para por aí, propõe ainda reduzir todas as faixas, diminuindo de 6 para 5 anos a idade máxima para o recebimento deste benefício. Pelo crescimento da empresa e pelo lucro anual, os negociadores deveriam oferecer uma proposta de ampliação da idade de 6 para pelo menos 7 anos, valorizando o seu bem maior, os trabalhadores.
MERECEMOS AUMENTO REAL
Deveriam sim conceder ganho real, mas ao invés disso, vêm propor pagar somente 80% do INPC no Auxílio-matrícula escolar, no Vale-alimentação natalício (os Sindicatos defendem aumento real), no Auxílio-funeral, no Seguro de Vida e no valor da multa por descumprimento do ACT.
INSISTEM NO PARCELAMENTO
Devido a recusa da proposta da empresa pelos Sindicatos, a comissão da Equatorial Celpa pediu um tempo na reunião do dia 3 de novembro para que pudessem fazer mexidas na proposta. Depois de um tempo de 20 minutos, eles apresentaram pequenas mudanças, tais como pagar o INPC parcelado em três cláusulas econômicas: Salários, no Adicional para dirigir veículos e no valor do Vale-alimentação (os Sindicatos defendem aumento real). O parcelamento seria 70% em novembro e 30% daqui a oito meses, em junho de 2023. E tem mais, a empresa continua dizendo não para todas as propostas dos trabalhadores/as, inclusive dizendo não também para as cláusulas novas.
NENHUM DIREITO A MENOS
A proposta de forma geral permanece inaceitável. E isso foi dito à comissão da empresa. Nunca negociamos e não vamos negociar nada que venha trazer prejuízo aos trabalhadores, não aceitamos retrocessos. A empresa tem as melhores condições de valorizar os seus trabalhadores/as.

Fonte: Ascom Stiupa