Nesta quinta-feira (3/2), o movimento de paralisação nacional dos trabalhadores do Sistema Eletrobras completa 18 dias e tem se mostrado forte, coerente e organizado. A greve teve início dia 17 de janeiro em Furnas e depois teve à adesão dos eletricitários da Eletronorte, GTEletrosul e Chesf.
Neste período, as empresas entraram com pedidos de dissídio coletivo, que aguarda julgamento no TST. Nas liminares dos dissídios, a justiça até o momento reconhece a greve como não abusiva, mas impõe a necessidade de volta ao trabalho de 80% dos trabalhadores, fato que está sendo questionado junto ao sistema judiciário pelas entidades sindicais.
As motivações são diversas, conforme cada subsidiária e a holding. Vão desde os cortes nos direitos dos trabalhadores do sistema, como do plano de saúde, de diárias de deslocamento, PLR, periculosidade, demissões, transporte entre outros. A pauta que mais unifica neste momento a greve na Eletrobras é o Plano de Saúde, nas suas diversas formas de precariedade impostos pela empresa. Abaixo, comunicado enviado à direção da Eletrobras pelo Coletivo Nacional dos Eletricitários – CNE:
“Comunicamos que em Assembleias Deliberativas, realizadas nos dias 20 e 21 de janeiro do ano corrente, os trabalhadores e trabalhadoras da maioria das Empresas ELETROBRAS deliberaram pela Greve Por Tempo Indeterminado, a partir de 00:00 do dia 24 de janeiro, próxima segunda-feira, com fundamento na Lei n° 7.783/89.
A greve reivindica à direção da Holding e suas subsidiárias que aguardem o julgamento do mérito no TST da ação referente às alterações e aumento do Plano de Saúde (que afeta profundamente a qualidade de vida e trabalho de todos os trabalhadores e trabalhadoras das empresas), assim como, as demais reivindicações constantes nos Editais de assembleia de cada empresa do Sistema ELETROBRAS.
Por fim, colocamo-nos a disposição da Direção da Holding, para em conjunto, através do bom diálogo, buscarmos as soluções possíveis para o conflito.”
Ao todo no sistema Eletrobras, somos cerca de 12 mil trabalhadores, atendendo cerca de 50% da transmissão do país e 30% da geração.
Chesf suspende greve por causa da pandemia
Depois de seis casos de Covid e outros dois suspeitos entre os dirigentes do sindicato da Chesf na Bahia, os sindicalistas decidiram suspender o movimento, no início desta semana. Há informações também de contaminações dos trabalhadores nas bases de Sobradinho, Salvador e Paulo Afonso. A diretora do Sinergia Bahia e secretaria da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (Frune), Julia Margarida Andrade do Espírito Santo explica que diante do aumento dos casos da covid-19, provocados pela Ômicron, o sindicato entendeu que não era hora de provocar aglomerações.
Com informações: CNE
Veja fotos:
Greve dos eletricitários do Sistema Eletrobras
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