Denúncia de ex-mulher de músico é estímulo para que todas as mulheres denunciem violências, físicas ou psicológicas, agravadas em tempos de pandemia e de isolamento social. Não vamos nos calar!

Desde a noite do último domingo (11), mais uma violência inaceitável contra mulheres tomou conta de manchetes de sites de notícias e agitou as redes sociais, com a reprodução de imagens chocantes de várias agressões do DJ Ivis contra sua ex-mulher, Pamella Holanda, em vídeos gravados por câmera de segurança interna.

As agressões são tão violentas que alguns veículos de comunicação optaram por não reproduzir as cenas que mostram o compositor e cantor agredindo a mãe de sua filha de nove meses, algumas testemunhadas também pela avó materna da bebê e um conhecido do agressor.

Mas a repercussão das fortes imagens das agressões – com tapas, socos e chutes – foi tão grande que acabou gerando revolta, de muita gente no meio artístico, para repudiar as atitudes do músico e apoiar a coragem da ex-mulher ao denunciar a violência doméstica que, segundo ela, começaram quando ainda estava grávida.

Uma atitude de coragem que, por envolver um ex-casal do mundo artístico, ganha maior repercussão, mas serve de estímulo para que todas as mulheres denunciem as violências, físicas ou psicológicas, vividas no cotidiano por muitas, e agravadas em tempos de pandemia e de isolamento social, com aumento vertiginoso do registro de casos de agressões.

Para piorar sua situação, o tal DJ Ivis, também via redes sociais, confirmou as agressões e afirmou que o relacionamento era conturbado, sem dar mais detalhes ou demonstrar qualquer sinal de arrependimento. Só esqueceu de dizer que a ex-mulher tinha medida protetiva judicial já concedida e que agora ela deve contar também com apoio formal dos ministérios Público, da Justiça e da Mulher, segundo nota divulgada pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, “para que sejam tomadas as providências cabíveis” .

Em tempos pandêmicos, esse tipo de agressão, praticada por maridos e ou companheiros contra as mulheres em seus próprios lares, têm aumentado com frequência insuportável, contrariando direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988, e, infelizmente, estimulado pelo governo machista e misógino que assumiu o Planalto Central do Brasil desde 2018.

Portanto, temos vários e graves motivos para, mais uma vez, repudiar todo e qualquer tipo de violência contra as mulheres, prestando toda nossa solidariedade, apoio e acolhimento às vítimas de violência doméstica, crime que deve ser denunciado sempre. Violência contra mulheres é crime! Não vão nos calar!

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#SororidadeSempre

COLETIVO DE MULHERES DO SINERGIA CUT