O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), detalhou nesta sexta-feira (29) como o Estado pretende passar o controle da Cemig para a iniciativa privada.

Em entrevista exclusiva à analista de economia da Itatiaia, Rita Mundim, Romeu Zema garantiu que o Estado não perderia a participação na Cemig, mas a mudança é fundamental para que a empresa dê conta de atender a demanda dos mineiros.

“O que nós queremos é que quem tem uma casa nova tenha condição de ter essa energia disponibilizada com a maior agilidade possível, como acontece em outros Estados. Isso não acontece em Minas porque a Cemig, que eu respeito e gosto muito, não investiu nos últimos anos. É importante lembrar que o controlador dela é um Estado, que não tem dinheiro”, explica.

O governador afirma ainda que o Estado dificultou ainda mais a situação da companhia nos últimos anos. “O Estado sangrou a empresa muito mais do que deveria, distribuindo nos últimos anos muito mais dividendos do que seria o adequado. A empresa ficou sem fazer investimentos e hoje ela não tem linhas de transmissão e não tem distribuição que consiga atender a demanda”, esclarece.

Segundo detalhou Zema, a operação poderia render cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos de Minas. “O Estado não precisa vender a participação dele na Cemig. É só termos aqui uma lei que permita a Cemig receber investimentos com um aumento de capital e novos sócios no valor de R$ 20 bilhões. O investimento seria para que ela coloque esse parque em dia e tenha condição de atender o setor produtivo e o cidadão Mineiro com agilidade e na quantidade”, argumenta.

O Romeu Zema reconhece que o Estado perderia o controle sobre a companhia. Contudo, ele acredita que os investimentos privados seriam bons para servidores e consumidores, e para o estado.

Sobre a Copasa, Zema explicou que a ideia é terceirizar a concessão em algumas regiões de Minas para concentrar os investimentos nas demais cidades.

“A Copasa, que já tem uma boa pulverização, nós podemos fazer algo semelhante a isso. Mas o mais recomendável no caso da Copasa é que ela venha a repassar a concessão de áreas de cidades em lotes para um terceiro. Dessa forma, ela sairia dessa cidades e usaria esses recursos para universalizar no restante do Estado o acesso a água e ao tratamento de esgoto”, acredita.

Fonte: Itatiaia Notícias