Um rápido balanço das negociações. No último dia 03 de setembro de 2020, após cinco rodadas de negociações, a CPFL renováveis apresentou a sua proposta final para o Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021. Os trabalhadores (as) foram representados pela Intersindical CPFL Renováveis que é composta pelos Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo (STIEESP); de Campinas (STIEEC); do Rio Grande do Norte (SINTERN); do Ceará (SINDELETRO) e do Rio Grande do Sul (SENERGISUL).Um rápido balanço das negociações. No último dia 03 de setembro de 2020, após cinco rodadas de negociações, a CPFL renováveis apresentou a sua proposta final para o Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021. Os trabalhadores (as) foram representados pela Intersindical CPFL Renováveis que é composta pelos Sindicatos dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo (STIEESP); de Campinas (STIEEC); do Rio Grande do Norte (SINTERN); do Ceará (SINDELETRO) e do Rio Grande do Sul (SENERGISUL).
Não muito diferente dos outros anos, as negociações foram marcadas por muitas dificuldades e especialmente agravadas em razão da pandemia do Covid-19.
Para piorar, em meio a essa crise sanitária, a Empresa ressuscitou a proposta que põe fim à gratuidade do Plano de Saúde e propôs um Plano de Saúde coparticipativo (inicialmente de 20%, sem teto de gastos, 03 consultas gratuitas no ano, Terapia R$ 100,00, Pronto socorro R$ 150,00 e internação R$ 300,00). Para as cláusulas econômicas, propôs um reajuste abaixo da inflação. Importante destacar que a Empresa centralizou toda a negociação em torno da nova proposta para o Plano de Saúde e deixou de lado temas importantes como PLR, Sobreaviso, entre outros. Os sindicatos não aceitaram e rejeitaram a proposta apresentada pela empresa.
Durante as negociações o Diretor Ari Azevedo defendeu a permanência do Plano de Saúde gratuito e frisou: “é inapropriado discutir alteração de plano de Saúde em plena pandemia ainda mais com uma coparticipação tão alta, destacando que a proposta está muito distante da ideal, muito tímida, acredita que a empresa tem algo a mais a oferecer”.
Em nenhum momento a Empresa quis apresentar e discutir os números de seu faturamento. No exercício fiscal de 2019, o faturamento bruto foi de R$ 2.043 milhões e um EBTIDA, que é uma medida não contábil calculada pela Administração a partir da soma de lucro, impostos, resultado financeiro e depreciação/amortização, foi de R$ 1.204 milhões em 2019.
Dada à resistência dos sindicatos, num primeiro momento, a CPFL suspendeu as negociações e apresentou uma nova proposta para o plano de saúde: a coparticipação com teto de 15%, cinco consultas gratuita e como compensação ofertou os benefícios de Vale Alimentação de R$ 252,00/mês, Creche: extensão do benefício Aux. Creche aos empregados que comprovadamente tenham filhos com deficiências sem limite de idade e Carta Fiança de 12 meses para 30 meses, conforme política interna. Manteve ainda terapia R$ 100,00, P.S R$ 150,00 e internação R$ 300,00.
Novamente a proposta não atendeu às expectativas dos Sindicatos. A Empresa, por sua vez, argumentou que havia esgotado as suas condições orçamentárias e que não teria como avançar em mais nenhuma cláusula. Encerrou as negociações retirando toda a proposta de alteração do plano de saúde e apresentou a proposta abaixo como sendo a final para que os trabalhadores (as) discutam e deliberem.
Fonte: Adriano Medeiros, Ascom SINTERN