Em boletim, o CNE – Coletivo Nacional dos Eletricitários – questiona:

A pergunta que não quer calar:

Quem pagou a ida do presidente da Eletrobras para o evento de Premiação do Juiz Sergio Moro, em Nova York?

Desde o início do Governo Temer, as riquezas nacionais são objeto de cobiça de investidores e empresas estrangeiras, sobretudo norte-ame­ricanas.

Neste contexto, o pré-sal, ativos da Petrobras, ativos da Eletrobras, a Em­braer, linhas de transmis­são, concessões de água e saneamento vêm sendo disputadas por empresas estrangeiras sedentas por ativos lucrativos a preço de banana.

Chama bastante atenção como a “elite do atraso” no Brasil está submetida aos interesses do governo americano.

Vale recordar que a Câ­mara do Comércio Brasil e Estados Unidos (acesse aqui) reuniu empresariado brasileiro e norte-america­no para cultuar a premia­ção ao juiz Sergio Moro e discutir bons negócios com o Brasil.

Nos últimos anos, foram vistos neste jantar de gala, privatistas patológicos como Pedro Paren­te, João Doria, Armínio Fraga e como não pode­ria deixar de ser, Wilson Pinto Junior.

Veja a foto do evento em Nova York do ano pas­sado da dupla “Pinto e Tucano” no Jantar de Gala com grandes investidores estrangeiros:

É lógico que um evento como este desperta o in­teresse de diversos patrocinadores. Uma mesa no “Inner Circle” deste evento custava US$ 26 mil!

Temos várias opções de resposta para a per­gunta feita no título:

  1. A) A Eletrobras pagou uma mesa neste evento?
  2. B) O presidente da Ele­trobras pagou do próprio bolso uma mesa neste evento?
  3. C) O presidente da Ele­trobras foi convidado por um patrocinador? Qual?
  • Itau
  • Santander
  • Bradesco
  • Credit Suisse (forne­cedor da Eletrobras)
  • BTG Pactual (contra­tado para avaliar ativos da Eletrobras, ter acesso a informações reserva­das, mesmo sendo dono de comercializadora e empresa de energia)
  • Citibank
  • Petrobras
  • Bank of America
  • JP Morgan
  • HSBC
  • Vinci Partners
  • Outro______________

Os empregados pedem explicações.

Qual a posição da Diretoria de Conformidade em relação a um convite desta natureza?

O código de ética da Eletrobras permite este tipo de “brinde”? E se o convite foi feito por um fornecedor?

Na publicação do D.O.U, continha a este evento, premiação do juiz Sergio Moro, como motivo da viagem do Presidente da Eletrobras?

O que isto agrega de valor para a Eletrobras?

O presidente recebeu diária da Eletrobras para ir neste evento (e em outros do mesmo nível) nos últimos anos?

O discurso do Presidente da Câmara do Co­mércio dos EUA neste evento é uma piada… Leia esta pérola:

“But before we continue, let’s just take a few minutes to reflect together on the changes taking place within Brazil. Over the last two years, Brazil has gone through unpreceden­ted political and economic transformation”.

“Transformação Econômica e Polí­tica sem precedentes no Brasil nos últimos dois anos?”

E tem gente que acha que o Governo de lá não tem nada a ver com o golpe!

Lembre-se da política de preços da Petro­bras, denominada de “America first”, que ampliou o mercado brasileiro aos concorren­tes globais, fragilizou a estratégia nacional, a própria Petrobras e contribuiu para gerar empregos, renda e distribuir dividendos no exterior.

A turma no poder só pensa em vender ati­vo pronto e em operação comercial. Cons­truir novos empreendimentos para aquecer a indústria doméstica, gerar emprego para o brasileiro e ampliar a capacidade instalada para as gerações futuras não faz parte da agenda privatista.

Você acredita mesmo neste papo de “demo­cratização do capital” da Eletrobras?

Leia: BOLETIM CNE 15 08 2018