NOTA DE REPÚDIO
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FNU repudia demissões arbitrárias de dirigentes do Sintern pela na Neoenergia Cosern/Iberdrola e exige reintegração de demitidos
A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) manifesta seu mais veemente repúdio às demissões arbitrárias promovidas pela Neoenergia Cosern, empresa do grupo espanhol Iberdrola, que atingiram dirigentes do SINTERN (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética do Rio Grande do Norte) e do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Norte. Ao todo, seis dirigentes sindicais — cinco do SINTERN e um do Sindicato dos Engenheiros — foram desligados, numa clara afronta à liberdade sindical, à democracia e aos direitos constitucionais de organização e representação dos trabalhadores.
As demissões ocorreram em um momento em que a categoria enfrenta duras negociações e pressões, e são vistas como uma tentativa da Neoenergia Cosern/Iberdrola de enfraquecer a atuação sindical combativa e comprometida com a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico potiguar.
O ataque atinge diretamente lideranças legítimas, democraticamente eleitas pela base, comprometidas em lutar por condições dignas de trabalho, avanços na convenção coletiva e proteção dos direitos conquistados. É inaceitável que uma empresa do porte da Iberdrola, que se apresenta internacionalmente como defensora de boas práticas trabalhistas, adote no Brasil métodos de intimidação que, muito provavelmente, não aplicaria na Espanha.
Essa prática antissindical não fere apenas os dirigentes atingidos, mas ameaça toda a categoria, pois busca intimidar a representação coletiva e enfraquecer as conquistas construídas ao longo de décadas.
A FNU considera inaceitável que, em pleno século XXI, práticas de perseguição e retaliação ainda sejam usadas como instrumento de intimidação e desmobilização da luta sindical — especialmente por uma multinacional como a Neoenergia Cosern/Iberdrola, que deveria respeitar no Brasil os mesmos padrões que defende em seu país de origem.
A FNU reitera total solidariedade ao SINTERN, ao Sindicato dos Engenheiros e a todos os trabalhadores atingidos, e exige a imediata reintegração dos dirigentes demitidos, bem como o respeito irrestrito à liberdade sindical, princípio assegurado pela Constituição Federal.
A entidade seguirá mobilizada, ao lado dos sindicatos e da categoria, para denunciar e enfrentar qualquer tentativa de ataque à organização sindical e aos direitos históricos dos urbanitários — dentro e fora do Brasil, responsabilizando a Neoenergia Cosern/Iberdrola por cada ação que atente contra a dignidade da classe trabalhadora.
Federação Nacional dos Urbanitários (FNU)
julho de 2025
