O Grupo Energisa chegou em Mato Grosso do Sul no ano de 2014 com a aquisição do falido Grupo Rede. De lá para cá, tem obtido lucros exorbitantes: foram quase R$ 3 bilhões  nesses últimos 9 anos atuando em MS.

Esses lucros, que são divididos religiosamente a cada três meses com os acionistas e donos do Grupo, infelizmente, não são compartilhados, de forma adequada, com os trabalhadores que ajudam a conquistar estes resultados.

Em plena negociação salarial, nesse final do ano, a Energisa Mato Grosso do Sul, que não concede há 9 anos qualquer ganho real nos salários de seus trabalhadores, retirou o vale alimentação e refeição de quem precisou se afastar do trabalho por problemas de saúde.

Se com os trabalhadores do Grupo, a Energisa age dessa forma, como está o tratamento da empresa com a sociedade em geral? A empresa está fazendo os investimentos necessários para evitar os apagões? E o atendimento à população, principalmente aquelas mais carentes, está adequado diante dos resultados financeiros que a Energisa-MS tem obtido?

E o valor da tarifa de energia? Somente em 2023, o reajuste sobre as contas de energia elétrica da população do estado atendida pela concessionária foi de 9,28%. Mas o salário mínimo teve reajuste de 7,43%.

Enquanto os trabalhadores doentes e suas famílias se desesperam e choram, por falta de comida na mesa, a Energisa-MS está rindo à toa: existe a possibilidade do Grupo, agora em 2024, renovar a concessão da distribuição de energia elétrica em Mato Grosso do Sul por mais 33 anos.

Você consegue imaginar ter de ler notícias como essas até 2057? É mesmo interessante renovar uma concessão pública para uma empresa que não apresenta quaisquer contrapartidas e propostas de melhorias no atendimento à população, e ainda tem esse tipo de tratamento com seus trabalhadores?

Renovar as concessões sem debater com a sociedade é crime.

Existe algum outro negócio tão atrativo e lucrativo do que distribuir energia em MS?

Fonte: Ascom Sinergia-MS