Persistência. Essa é a palavra que melhor define a atitude dos dirigentes sindicais durante todo processo negocial da campanha salarial deste ano. A Neoenergia dificultou demais a construção do acordo trazendo elementos novos que, na prática, representavam retrocessos históricos. O reajuste com percentuais diferenciados ou proporcionais, o congelamento do piso e a insistência na retirada de direitos foram condições que os representantes da holding tentaram impor desde o início do processo negocial. Além dessas, foram muitas as dificuldades na campanha deste ano, onde os sindicatos sempre tentaram superarar e resistir as investidas patronais.

Mesmo com o desgaste que a Neoenergia criou, conseguimos superar alguns pontos como a proporcionalidade no reajuste, evitando assim a introdução de uma lógica perversa de mercado. Mantendo nosso compromisso histórico, conseguimos arrancar uma proposta mais equilibrada para apreciação da categoria. Há sempre uma grande expectativa pelo resultado alcançado. Na negociação, contudo, é preciso saber definir as prioridades e assegurar as questões mais relevantes para a categoria. De um modo geral, temos todas as conquistas preservadas e, ainda, ampliamos itens relevantes na pauta, inclusive garantindo abono extraordinário, que será pago no vale alimentação.

As últimas rodadas, tanto das mesas específicas como a unificada foram marcadas pelo enorme esforço dos dirigentes sindicais em alcançar uma proposta melhor, sem retrocessos e sem discriminação. Após muita negociação e dentro do processo de ganha-ganha, a bancada sindical conseguiu alcançar a proposta da mesa unificada.

Fonte: Ascom Sinergia-BA