Na última sexta-feira, 29 de setembro, o SINDÁGUA, o Deapes e o Coletivo de Olho na Libertas participaram de uma grande manifestação em frente à sede da Fundação Libertas em protesto contra as mudanças implementadas no seu Estatuto que ferem conquistas alcançadas após anos de muita luta empreendida por todos os trabalhadores participantes para que garantíssemos a plena transparência administrativa da Instituição.

Depois de alcançamos o direito de eleger representantes nos conselhos deliberativo e fiscal da Libertas, avançamos mais ainda quando conquistamos o direito de eleger um diretor na Fundação. Este é um direito que contempla o interesse de todos os participantes na Copasa, Prodemge, MGS, CohabMinas, Codemge, Fundação Libertas que exercem o seu direito de eleger seu diretor representante.
Não apresentaram nenhum argumento plausível para implementar mudanças estatutárias que justifiquem a extinção do diretor eleito pelos participantes, o que agride um direito e deixa séria desconfiança sobre os reais interesses desta alteração que macula a imagem da Fundação Libertas, destoando do princípio democrático que vigora nas demais instituições de Previdência Complementar, que têm inclusive paridade de representação dos trabalhadores com suas patrocinadoras. Representa ainda o total desprezo aos participantes, ameaçados no direito de fiscalizar a gestão de um patrimônio fabuloso construído pelas contribuições de uma vida inteira no trabalho. As medidas se mostram ainda mais preocupantes diante de históricos de gestões passadas, quando a instituição sofreu golpes típicos de corrupção e erros grosseiros, como na época da Fundasemg e também da Previminas, em que não tínhamos direito de representação, comprometendo sua saúde financeira, com repercussões até hoje.
Não podemos concordar com a extinção do cargo do diretor eleito pelos participantes de todas as patrocinadoras, que nos tira o direito de participar diretamente da gestão e de impedir medidas que visem negócios de interesse privado e de ficarmos mais uma vez nas mãos do governador do Estado, que enxerga nosso patrimônio como cifras de encher os olhos de negócios escusos, ameaçando os recursos duramente construídos para complementar nossas aposentadorias.
Devemos nos manifestar rigorosamente contra estas medidas e nos mobilizarmos para que consigamos na Previc um freio nestes gestores que passam pela Libertas como ameaças concretas contra nosso patrimônio.

Fonte: Ascom Sindágua-MG