A Diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Sintius) rejeitou a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela CPFL Piratininga, na manhã desta quarta-feira (19), durante a terceira rodada de negociações da campanha salarial deste ano.

A empresa se limitou a oferecer um reajuste de 3,94% nos salários e nos benefícios – índice da inflação calculado pelo IPCA nos últimos 12 meses. A companhia propôs o fim do pagamento do lanche para quem faz mais de duas horas extras. Como contrapartida, os empregados teriam um acréscimo de R$ 10,06 no vale-refeição.

Durante a reunião, o Sindicato deixou claro que a categoria reivindica o aumento real nos vencimentos e uma correção acima da inflação no vale-refeição e no vale-alimentação, assim como na cesta de Natal, porque os preços dos alimentos tiveram uma grande elevação ao longo dos últimos meses.

O Sindicato também defendeu a discussão da escala 6x8x3, majorando todos que estão na escala e solicitou a ampliação no número de implantes dentários, que hoje está limitado a 2 implantes.

Em relação à CNH, o Sintius solicitou o pagamento para todos, inclusive aos praticantes, e a manutenção da cláusula das horas extras em relação ao pagamento, quando o companheiro for acionado em dia de folga. O trabalhador já começa com o ganho mínimo de quatro horas, caso queira negociar, terá que indenizar bem esses trabalhadores.

O Sindicato reiterou a manutenção do vale-lanche. Em relação à PLR, a empresa ofertou mudar o target de 1.4 para 1.5. Apesar da melhora, isso não contempla as necessidades dos trabalhadores. O Sintius solicitou, ainda, a injeção de mais dinheiro e não quer a a aplicação da linha de corte. O valor mínimo deverá ser corrigido com o mesmo índice dos salários.

De uma forma geral, a proposta da CPFL está muito aquém da ideal. A Diretoria do Sintius espera que, na próxima rodada de negociação, a direção da empresa tenha uma maior consideração pelos trabalhadores, que precisam ser valorizados.

Fonte: Ascom Sintius