O Stiupa recebeu denúncias sobre a prática de assédio moral na Base BR da Equatorial Celpa, em Belém. Como nessa unidade não há registro físico de ponto, o líder da Manutenção tem se aproveitado para coagir os trabalhadores a não fazerem o registro de horas extras no final do expediente. Assim ele consegue bater as metas de horas extras o que lhe traz reconhecimento em bônus por parte da empresa.
Nas denúncias, consta a informação de que a demanda de serviço é grande no setor o que leva os trabalhadores a ultrapassarem algumas vezes o horário de saída, mas acabam não registrando o tempo extra para não serem perseguidos pelo líder. Casos desse assédio já chegaram ao executivo da Manutenção, mas foram encobertos pela amizade que existe entre os dois.
Segundo as informações que chegaram ao Sindicato, os trabalhadores são obrigados, depois do expediente, finais de semana e feriados, a atender demandas de escritórios em grupos de whatsapp. Caso não responda, o trabalhador é marcado e perseguido. Os trabalhadores assediados não confiam no canal disponibilizado pela empresa para esse tipo de denúncia. O canal existente se tornou um inquisitório e quem denuncia fica identificado e marcado.
As denúncias indicam que a prática de assédio ocorre com a conivência do executivo, que estaria protegendo o líder, pois é quem faz os relatórios e apresentações dele, conseguindo, assim, prestígio e proteção. Ainda segundo os relatos, o executivo não aceita nenhuma nota baixa em qualquer indicador, por isso dados estariam sendo manipulados para que ele sempre apareça como o melhor. Inclusive, ele teria manipulado dados e horas extras quando atuava em Castanhal, tendo sido enviadas ao Stiupa reclamações de intimidações sofridas por trabalhadores dessa regional, à época.
A diretoria do Stiupa está tomando as providências para averiguar as denúncias e tomar as atitudes que o caso requer.

Fonte: Ascom Stiupa