A criação de um comitê popular para discutir ações e definir mobilizações contra a privatização da Sabesp foi uma das deliberações da plenária ampliada do Conselho Sindical Regional da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira (CSR), que ocorreu na manhã da quinta-feira (22), no auditório do Sindicato dos Urbanitários (Sintius).

A ideia é formar um grupo com representantes do movimento sindical, lideranças populares, parlamentares e demais integrantes da sociedade civil para alertar a população sobre os eventuais prejuízos à população, caso a empresa de saneamento seja privatizada, como o aumento da tarifa e a piora na prestação dos serviços prestados.

Durante a atividade, os representantes da diretoria do Sintius trouxeram um panorama da atuação da Sabesp no Estado, que opera os serviços de água e esgoto em 375 municípios.

Maior companhia de saneamento das Américas, a empresa obteve, nos últimos dez anos, um lucro líquido de R$ 21,5 bilhões, sendo R$ 3,1 bilhões somente no ano passado. De 2013 a 2022, a Sabesp transferiu aos cofres paulistas dividendos de R$ 3,1 bilhões.

Além disso, a Sabesp tem um papel social muito grande para garantir a prestação desse serviço essencial à população. Cerca de 870 mil famílias de baixa renda são beneficiadas com a tarifa social.

O Sintius explicou aos presentes que o Governo do Estado está indo na contramão do que vem ocorrendo em outras localidades do mundo, que vêm reestatizando o setor de saneamento, devido à má qualidade na prestação de serviços, majoração excessiva das tarifas e não realização dos investimentos programados.

Gerência do trabalho

Outros dois pontos importantes discutidos nessa plenária do CSR foi a necessidade de uma grande articulação do movimento sindical para apoiar a reestruturação da Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo e a reorganização da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Santos, cujos integrantes atuam em atividades de fiscalização nas cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.

Fonte: Ascom Sintius