O Jornal Folha de SP trouxe denúncia gravíssima dos bastidores do Conselho de Administração da Eletrobras. Os relatos são estarrecedores! Um crime quase perfeito! Como se sabe, a 3G Radar tem todas as digitais de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. O mesmo trio que quebrou as Americanas, a Light, o Ketchup Heinz.
Em matéria assinada pela jornalista Alexa Salomão, a Folha divulgou um áudio vazado de uma reunião do Conselho de Administração da Eletrobras realizada em 26/01/2023. A 3G Radar de Lemann, é acionista minoritária da Eletrobras com posição irrelevante no que se refere ao poder de decisão. Tem 0,05% das ações que dão direito a voto. A gravação de uma reunião interna, conseguida pela Folha, deixa claro o plano do trio em dominar posições no conselho de administração da companhia, que define a diretoria e traça estratégias.
Quem está de testa de ferro do trio destruidor é Pedro Batista, sócio fundador da 3G Radar. Pedro entrou na Eletrobras para articular um dos maiores golpes da história do Brasil: o EletroGolpe.
Batista convidou o ex-presidente da Petro-bras Ivan Monteiro para presidir o Conselho de Administração da Eletrobras. Foram eles que juntos orquestraram a volta de Wilson Pinto Jr para a presidência da empresa. Batista também recrutou seu amigo pessoal e bajulador Felipe Vilella Dias (Ex-Fundo Squadra) e indicado pelo minoritário Maliko LLC (fundo offshore da 3G Radar). Completa o time, o eterno consultor de Lemann, Telles e Sicupira, Vicente Falconi, a raposa velha que “despendurou as chuteiras”.
Com 4 conselheiros da 3G, de 9 cadeiras no total, era preciso ampliar o conluio com o então governo Bolsonaro. Batista reuniu oficialmente com o ex Ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida, e ofereceu uma cadeira para Marisete Dadald, então secretária executiva do MME. Em reunião com Paulo Guedes no Ministério da Economia, garantiu assento para Marcelo Siqueira, secretário especial do Ministério. Ambos conduziram o processo de privatização da Eletrobras em suas pastas. Convites aceitos, Marisete e Siqueira em seguida se descompa-tibilizam de seus cargos no Governo.
Com 6 das 9 cadeiras ocupadas, para fechar o pacote, o “todo poderoso sequestrador da Eletrobras” Sr Pedro Batista cooptou os acionistas minoritários Juca Abdalla (Banco Clássico) e Lírio Parisotto (LPAR Geração Futuro) que entraram no conluio indicando para o Conselho da empresa, Daniel Alves Ferreira e Marcelo Gasparino.
Para garantir caminho livre e decisões praticamente unânimes no conselho de fachada da EletroLemann, Pedro Batista e seus comparsas propuseram eliminar o cargo de representante dos trabalhadores no colegiado (Assembleia de 17/04/2023). A 3G passa a ter 8 das 8 cadeiras no Conselho, time completo.
O EletroGolpe tentou de todas as formas garantir longa vida a estes conselheiros golpistas, sequestradores da Eletrobras. Os mandatos destes senhores vão até 2025 e para destituí-los é necessário que mais de 50% dos acionistas o deliberassem em Assembleia Extraordinária. Nem mesmo a União que detém 43% das ações com direito a voto, consegue indicar sequer um conselheiro. Ou seja, os supostos representantes do governo brasileiro na Eletrobras continuarão sendo os indicados em conluio com o Governo Bolsonaro.
O crime seria perfeito se no auge da arrogância e do super ego de Pedro Batista e seus comparsas, eles próprios não confessas-sem tudo o que fizeram para sequestrar a Eletrobras. E o fizeram em reunião com mais de 200 pessoas como se estivessem em uma mesa de bar, tamanha a sensação de impunidade.
A denúncia do EletroGolpe revelada na matéria da Folha repercutiu negativamente na sociedade. Já ocorreram três atos no RJ e este hoje de Brasilia pedindo que cada um dos envolvidos sejam devidamente responsabilizados, e que a Eletrobras volte para o seu verdadeiro dono: o povo brasileiro!

Fonte: CNE