De acordo com a matéria publicada no site do jornal A Tarde, na quinta-feira (07/07), intitulada “Rui Costa processa prefeito de Brumado por associá-lo ao narcotráfico”, o governador da Bahia afirmou que os ataques do prefeito de Brumado a ele começaram devido à licitação para privatização do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário desta cidade.

A reportagem diz que, sem o governador saber, o prefeito Eduardo Vasconcelos teria levado um representante de uma empresa privada numa reunião e que a irritação dele (Vasconcelos) seria por Rui não concordar em fazer direcionamento de licitação de obras. Na reunião, Vasconcelos teria informado que levaria um assessor, mas na verdade tratava-se de representante de uma empresa interessada.

O município de Brumado, que fica na região sudoeste do estado, é operado pela Embasa, mas desde meados de 2018 o prefeito Vasconcelos fala em afastar a empresa estadual e entregar os serviços de saneamento à privatização. O Sindae, durante todo esse tempo, tem chamado a atenção para as graves consequências negativas à população, como, por exemplo, que a privatização resultaria em  aumento exponencial nas tarifas de água cobradas, sem a garantia de que os supostos investimentos em melhorias no sistema seriam efetivamente implementados. O sindicato também denunciou que o Plano Municipal de Saneamento básico de Brumado – PMSB estava sendo conduzido, na época, por uma empresa de construção civil de Minas Gerais, alvo de processo por irregularidades em licitação naquele estado, a Prefisan Engenharia.

O prefeito de Brumado já fez várias tentativas de privatizar a água do município, mas tem amargado derrotas sucessivas na justiça. Dentre muitas irregularidades desse processo, o principal deles é que o município integra um colegiado microrregional de saneamento e não tem autorização deste para deflagrar a licitação.

É sempre bom lembrar que a Embasa já tem projetos formulados para investir em Brumado. O governador, inclusive, já se comprometeu em investir, através da Embasa, cerca de R$ 150 milhões pra fazer 100% do esgotamento sanitário do município em cinco anos, dentre outras melhorias em infraestrutura no sistema de abastecimento de água.

Fonte: Ascom Sinergia-BA