Hoje é o Dia Mundial da Água. O objetivo dessa data é promover a reflexão sobre a importância da água e do gerenciamento sustentável dos recursos hídricos no mundo todo. No Brasil, não temos nada a celebrar. Desde o golpe contra Dilma Rousseff, a agenda neoliberal de privatização da água avança a passos largos e sem limites.

Aqui na Paraíba, a situação da população, no que diz respeito ao acesso à água e ao tratamento de esgoto tem melhorado muito a vida das paraibanas e dos paraibanos, serviço feito pela empresa pública Cagepa, e também através dos investimentos que o governo do estado vem fazendo através da construção de barragens e adutoras. Um bom exemplo dessa melhoria vem da região do semiárido, área que sofre com a escassez desse bem natural que é água e, em virtude da transposição do Rio São Francisco, eixos norte e leste, obra realizada em mais de 90% pelos governos Lula e Dilma, vem mudando de realidade.

No entanto, desde que Dilma foi deposta que a água enfrenta os interesses privatistas com muita força. Com a aprovação da lei 14.026/2020 do governo Bolsonaro, as empresas públicas de saneamento, que detém a concessão dos serviços, estão prestes a deixá-lo de prestar, pois a referida lei obriga aos municípios abrirem licitação para ficarem operando tais serviços, ou seja, a gestão que antes era pública, passa a ser da iniciativa privada. A exemplo do que acontece nos estados de Alagoas, na cidade de Maceió, no estado do Amazonas, na cidade de Manaus e no estado do Rio de Janeiro. A população desses locais enfrentam a falta d’água e tarifas altas de água e esgoto. A água, nas mãos dessas empresas privadas, passa a ser uma mercadoria, haja visto que o principal objetivo delas é o lucro.

Nesse sentido, nós temos travado grandes embates, com muitas lutas contra a privatização das companhias de abastecimento. Portanto, no Dia Mundial da Água dizemos: “Não à privatização das empresas públicas de água e tratamento de esgoto. A nossa luta não para, queremos uma empresa pública e com boa prestação de serviços a toda a população paraibana porque água não é mercadoria”, diz José Reno, presidente do Sindiágua-PB.

ÁGUA NÃO É MERCADORIA!