09/02/2015

Transferência da CEA para a Eletrobrás é a melhor solução

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado do Amapá (Stiuap) acredita que a solução para os problemas existentes hoje na Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), só serão solucionados, quando a Eletrobrás se tornar a acionista majoritária da empresa amapaense.

O sindicato cita o caso da Distribuidora de Energia Elétrica de Goiás a CELG Distribuidora que recentemente teve o processo de transferência de 50,9% concluído tornando a Eletrobrás acionista majoritária da empresa.

Antes do processo de transferência, a Celg Distribuidora passava por problemas similares ao da CEA, sem capacidade de realizar investimentos na manutenção e expansão de sua rede de distribuição e transmissão.

Outra similaridade entre a Celg e a CEA foi o processo de negociação entre o governo de Goiás com a Eletrobrás, Aneel e o Ministério de Minas e Energia. O Estado captou empréstimos federais para reduzir o elevado endividamento da Celg, assim como ocorreu na CEA durante o governo de Camilo Capiberibe.

A primeira disposição de ordem legal relacionada com o problema de energia elétrica no Amapá é constituído pelo Decreto nº 35.701, de 23 de junho de 1954, que atribuiu ao Governo do Território a incumbência de promover o aproveitamento progressivo da energia hidráulica da Cachoeira do Paredão, existente no Rio Araguari, entre os municípios de Amapá e Macapá.

Posteriormente , a Lei nº 2.740, de 02 de março de 1956, autorizou o Governo do território a organizar a Companhia de Eletricidade do Amapá, destinada a construir e explorar os sistemas de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica e serviços correlatos, bem como, a promover as medidas necessárias para a expansão do mercado de energia elétrica no Território, inclusive, e principalmente, pelo estímulo da criação de um parque industrial e pela participação nos empreendimentos, visando a esse objetivo, ficando sob sua responsabilidade a construção do sistema hidrelétrico do Paredão pelo aproveitamento das possibilidades do potencial hidráulico do Rio Araguari, na Cachoeira do Paredão.

 

09/02/2015

DESO continua fazendo ‘ouvido de mercador’

por: Sindsan

 

É incrível como a DESO insiste em permanecer no erro e fazer sempre “ouvido de mercador” para as contínuas denúncias efetuadas pelo SINDISAN, diante do altíssimo grau de deterioração e sucateamento de praticamente todas as suas Unidades Operacionais, tanto na Capital como no interior do Estado.

Chega a ser constrangedor ver ruir, dia após dia, unidades de extrema importância para a população pelo tipo de serviço que executam, principalmente nos dias atuais, onde vemos a todo minuto nos meios de comunicação a imensa crise de desabastecimento de água que toma conta praticamente de todo o nosso País.

É para nós incompreensível e inaceitável a falta de atitude por parte dos gerentes da DESO para que se comece a pôr fim, de uma vez por todas, a essa política de autodestruição, adotada de forma irresponsável e criminosa por quase todos os governos que no poder estiverem ao longo das últimas décadas, sempre defendendo interesses que nunca apontaram para a melhoria da DESO, e sim para satisfazer a “acertos políticos”.

Devemos aproveitar o momento atual, em que a população vem clamando por transparência absoluta dos gestores na condução das empresas públicas, para dar total publicidade à real situação da DESO, até para se apontar quem são, de fato, os verdadeiros causadores do estado de penúria hoje observado na Companhia.

Para além do descaso, existem alguns funcionários, protegidos por políticos, que passam anos sem ir a seu local de trabalho dentro da DESO, mas que, no entanto, recebem religiosamente no final do mês os seus gordos salários pagos pela população. A pergunta que fica no ar: por que não divulgar os nomes desses privilegiados e toda a sangria que eles causam à DESO?

Aproveita-se e divulga-se para a população quem de fato trabalha e quem entra na folha de pagamento da Companhia de forma sorrateira, indicado por políticos que estão ou estiveram no Governo.

O momento é agora! A DESO não pode continuar do jeito que está, ou seja, comprometendo o que arrecada para pagar salários de pessoas que não fincam sequer o pé na DESO há anos. Enquanto isso a Companhia definha junto com toda sua estrutura física e também humana.

 

 

06/02/2015

Sindae: 29 anos de muita luta

por: Sindae Campinas

 

Eram os anos 1980 e o movimento sindical brasileiro estava em ebulição, com mobilizações sacudindo o país de norte a sul. E os trabalhadores da Sanasa sem um uma representação sindical autêntica, que lutasse em defesa dos seus interesses e fizesse avançar as suas reivindicações. A criação de entidade representativa era uma necessidade para ontem.

 

E assim, depois de amplo trabalho de organização, finalmente no dia 14 de janeiro de 1986 foi emitida pelo Ministério do Trabalho a carta sindical do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Campinas.

A criação da entidade sindical chegou em um momento crítico para a categoria. Para se ter uma ideia da situação, naquela época, além dos baixos salários e completa ausência de benefícios, os trabalhadores da Sanasa não tinham sequer equipamentos de segurança para trabalhar. Sem contar a exploração e o desrespeito por parte da direção da empresa da época. Como paciência tem limites, a categoria decidiu que era hora de virar o jogo e fundou um sindicato para organizar a luta e mudar aquela triste realidade.

Nestes 29 anos, os trabalhadores da Sanasa foram protagonistas de grandes ações políticas em Campinas. A categoria sempre mostrou a sua disposição de luta e capacidade de mobilização, seja para faze avançar as suas reivindicações, seja para barrar as seguidas tentativas de privatizar a empresa.

A consolidação dos direitos e dos benefícios, por meio da atuação do Sindae, contribuiu para reverter uma tendência verificada quando da fundação da entidade: a dificuldade de contratar mão de obra qualificada. Na década de 1980, por conta dos baixos salários e das precárias condições de trabalho, ninguém queria trabalhar na Sanasa.

Hoje, a realidade é bem diferente. E o grande número de inscritos nos concursos públicos convocados pela empresa atesta isso. Todos querem trabalhar na Sanasa. O rol de benefícios atrai trabalhadores com maior qualificação profissional e faz da empresa um bom lugar para se trabalhar.

Por conta disso, as sucessivas direções sindicais sempre mantiveram no alto a bandeira de luta contra a terceirização de serviços e postos de trabalho, e contra a privatização. E não foram poucas as tentativas e ameaças ao longo destes 29 anos de transferir a empresa para as mãos da iniciativa privada.

Se o Sindae merece os aplausos pelos seus 29 anos de existência, os trabalhadores mais ainda. Afinal, a entidade sindical só existe porque a categoria empenhou-se para criá-la e consolidá-la ao longo destes anos todos.