A CEEE-D (RS) passou oficialmente a ser administrada pelo Grupo Equatorial Energia. Na manhã da quinta-feira, 8 de julho, o governador Eduardo Leite (PSDB) assinou o contrato de venda, encerrando o primeiro processo de privatização da sua gestão. A CEEE-D atende 1,6 milhão de clientes em 72 municípios da Grande Porto Alegre e das regiões Sul, Campanha e Litoral. No Brasil, o Grupo Equatorial, considerando as novas concessionárias adquiridas em 2021 no Rio Grande do Sul e no Amapá, passa a atender 13% do total de consumidores brasileiros e responder por 7% do mercado de distribuição do país.De acordo com Leite, o primeiro foco do governo na privatização é o de viabilizar para a população a prestação de um serviço melhor. Para o govenador, a energia é essencial para a vida dos consumidores domésticos e para a produção industrial. Segundo ele, ,todos precisam de segurança e confiabilidade na prestação do serviço. Ainda de acordo com o governador, a privatização representa a resolução de um problema para o Estado a partir do passivo que se constituía pela impossibilidade de a companhia pagar os impostos e de atender às necessidades da população em outras áreas a partir dos impostos recolhidos.

Entre os benefícios que surgem com a venda da empresa estão maiores investimentos na área de distribuição de energia elétrica, o que acarretará em melhorias na prestação de serviço à população, e a retomada no recebimento do ICMS pelo Estado. A expectativa é de que R$ 1,3 bilhão em ICMS por ano voltem a ser pagos em dia.

O presidente do Grupo Equatorial Energia, Augusto Miranda se mostrou feliz por iniciar no estado em uma empresa do porte da CEEE-D. Segundo ele, é um ativo muito importante, que vai fazer muito bem ao portfólio da Equatorial .O executivo quer ouvir a sociedade e direcionar os investimentos de acordo com o planejamento estratégico do estado.

O presidente da CEEE-D, Marco Soligo, destacou a importância para o Estado e todo o setor elétrico brasileiro de também desestatizar os demais braços da companhia. A Transmissora deve ir a leilão na próxima semana e, depois, a Geradora. A desestatização da companhia se iniciou em janeiro de 2019, com a elaboração das propostas legislativas necessárias. No mesmo ano, em maio, a Assembleia Legislativa aprovou a retirada da obrigatoriedade de plebiscito para a venda da empresa e, em julho, autorizou a privatização.

Fonte: Agência Canal Energia