Os urbanitários realizaram, esta semana, duas importantes atividades on-line para discutir as questões específicas do setor de saneamento., como o risco de ser colocado em votação, pelo Senado, o PL 4162/19 que privatiza à água.

Nesta sexta-feira (15/5), o Coletivo Nacional de Saneamento – CNS – se reuniu por meio da plataforma de conferência virtual para, entre outros temas, dar os informes sobre andamento da data-base nos estados; discutir ações para proteção efetiva dos trabalhadores que estão atuando para garantir à água para a população e os hospitais durante esse período de pandemia; e definir um calendário de atividades de lutas do Coletivo.

PALESTRA
Na quinta-feira (14/5), a FNU organizou a palestra “Abertura de capital nas empresas de saneamento”, do engenheiro e especialista em saneamento, Abelardo de Oliveira Filho. A atividade contou com a participação de mais 80 dirigentes sindicais de vários estados e estudiosos do tema.

Em uma hora de apresentação, seguida de amplo debate, Abelardo fez uma análise que completou os vários aspectos da IPO – Oferta Pública Inicial – e destacou que a alavancagem do setor de saneamento, através de financiamentos com agentes financeiros nacionais ou internacionais pelo tomador público ou privado, será sempre limitada pela capacidade de geração de recursos dos ativos das companhias de saneamento.

Ele enumerou as desvantagens da abertura de capital, como a perda de autonomia do poder público na definição da política; as ações da empresa serão guiadas por estratégias de mercado, nem sempre alinhadas aos interesses sociais, processo caro, longo, complexo e burocrático; e incerteza quanto ao valor das ações devido à volatilidade do mercado de capitais.

Confira a apresentação completa:
Abertura de capital nas empresas de saneamento