A direção da Copasa radicalizou e afirmou que não concederá a garantia de data-base e nem atenderá nenhum dos pleitos dos trabalhadores, que estão com salários sem reajuste há 24 meses e tiveram desrespeitado seu direito de receberem a PL relativa a 2019.
Os representantes da empresa na reunião de hoje com o Sindicato, o diretor financeiro, Carlos Augusto Botrel, e o chefe de gabinete, Clóvis Horta, afirmaram taxativamente que a posição do presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro, é de não atender nada enquanto o Sindicato e os trabalhadores “não abrirem mão da garantia de emprego”.
A intenção do presidente da empresa é a demissão em massa dos trabalhadores, chegando até a citar que na Cemig o quadro de pessoal foi “reduzido de 15 mil para 5 mil”, exigindo que o mesmo seja feito na Copasa, falando em “renovar” o quadro de pessoal.
As direções colocadas na Copasa e na Cemig pelo Governo Zema têm o objetivo inarredável de destruir a estrutura destas empresas, para entregá-las a preço de banana para a privatização. Pouco se importam com a qualidade dos serviços essenciais prestados pelas empresas públicas mais importantes de Minas e insistem com o entreguismo, o vendilhismo do patrimônio público.
Queríamos ver este governador de posto de gasolina mandar uma empresa privada de saneamento manter serviço de água sem cobrar tarifa, para ameaçados pelo coronavirus lavarem as mãos. Ele só pode autorizar uma postura social para a Copasa e a Cemig enquanto empresas públicas de serviços essenciais, que devem zelar pela responsabilidade de não fechar torneiras para que a população não morra contaminada.
O radicalismo e a inflexibilidade da direção da Copasa chegam a ser macabros diante de uma pandemia que ameaça seriamente a população. O senhor Carlos Eduardo quer que os trabalhadores se virem para prestar serviços de qualidade, enquanto permanecem com salários arrochados há dois anos, mesmo que a empresa tenha suas tarifas reajustadas em mais de 8% em 2019 e conseguido um lucro fabuloso no último ano. Quer demitir milhares de trabalhadores e aumentar ainda mais o pânico social em nosso Estado. Uma empresa de saneamento, essencial para a vida, nas mãos de gente insensível, que visa o lucro, mesmo arriscando prejudicar a população com o serviço prioritário para higienização.
DEFESA INTRANSIGENTE DO DIREITO
O SINDÁGUA não aceita, de forma alguma, a monstruosa exigência de demissão em massa de trabalhadores e ingressará na Justiça para garantir a data-base da categoria, para defender condições de trabalho e que a sociedade tenha resguardado o seu direito social e constitucional ao serviço de saneamento de qualidade.
A entidade ingressará na Justiça também para que seja cumprido o pagamento da PL, direito garantido em Acordo Coletivo.
Fonte: Ascom Sindágua-MG