Quando perguntamos se a DESO precisa aumentar o número de funcionários efetivos para que se possa atender todas as demandas da população, a resposta que nos é dada pela Gerência Executiva da própria Companhia é que estudos feitos recentemente apontam que um total de 1.500 trabalhadores dariam conta, e de sobra, de todos os serviços que a DESO necessita para desenvolver com primazia todas as suas atividades.

Daí surge uma dúvida: se o efetivo total da DESO ultrapassa a casa dos 1.700 funcionários, qual a razão para tanta deficiência e falta de funcionários para executar serviços básicos da Companhia, a ponto de se abrir as portas para um altíssimo grau de terceirizações nos serviços que deveriam ser executados por funcionários efetivos?

Será que a tão conhecida falta de gestão, aliada a um altíssimo nível de apadrinhamento político imposto no seio da Companhia responde a essas questões? Todos sabem que o advento de dois concursos públicos, realizados tão somente por força de ações judiciais movidas pelo SINDISAN, foram realizados justamente para acabar de vez com a farra das terceirizações.

Hoje notamos que tudo está se repetindo, exatamente como antes da execução dos dois últimos concursos: de motoristas, passando pelo atendimento ao cliente, operadores, e até chefes de setores, tudo está sendo terceirizado. Tem até empreiteiros oferecendo de cortesia carros para alguns chefes que falam demais, vangloriando-se que em tudo mandam, pois as ordens vêm de cima.

Enquanto isso, no interior do estado, o problema com a falta de viaturas permanece e vemos funcionários se deslocando para o campo em carros de passeio, abarrotados de ferramentas, pondo claramente as suas vidas em risco.

Então, a farra das empresas terceirizadas continua acelerada. Por que será? Quem de fato se beneficia com tudo isso? Uma coisa se sabe: a DESO é que não é! A ela cabe tão-somente reparar as ilegalidades e os erros cometidos por suas gatas e depois responder judicialmente pelos desmandos e maus serviços. Até quando isso irá continuar?