Documento apresenta detalhes de duas ações populares movidas contra a estatal; valor de R$ 50 mil estimado para a venda é visto como irrisório

Durante uma visita técnica de investidores da Energisa, na manhã da segunda-feira (15/1), à sede da Eletrobras Distribuição Alagoas, em Maceió, servidores e membros do Sindicato dos Urbanitários realizaram mais um ato contra a privatização da estatal, ocasião em que criticaram o valor estimado pela administração – de R$ 50 mil, conforme resolução do governo federal – para a venda. Segundo eles, o montante é irrisório e não representa a importância histórica que a empresa tem para a população alagoana.

De acordo com o presidente dos Urbanitários, Nestor da Silva, o sindicato formalizou a entrega de um dossiê por meio dos quais apresenta, entre outros pontos, duas ações populares que tramitam na Justiça alagoana contra a Eletrobras. Segundo ele, tal iniciativa serve para alertá-los sobre as dívidas que os investidores também vão adquirir caso a compra se concretize.

“Uma das ações, originária na década de noventa, trata da federalização da antiga Companhia Energética de Alagoas. Esta mesma ação também conta com a participação do Governo de Alagoas, que cobra uma dívida de R$ 2 milhões. Já a segunda diz respeito ao Plano Bresser, cuja dívida [junto a ex-servidores] foi calculada pela justiça em mais de R$ 1,8 bilhão”, explicou.

Na oportunidade, Nestor questionou, ainda, a razão da venda da empresa que, segundo ele, “está bem das pernas”. “Por que eles estão vendendo uma empresa que está indo bem? Eles devem estar apresentando bons resultados para os investidores. Afinal, ninguém compra uma empresa que está ruim. Então, queremos explicações”, concluiu. (fonte: Gazetaweb)