Sete entre dez prestadores de serviço da Enel já foram alvos de criminosos

Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense, realizada com técnicos que prestam serviços para a Enel em São Gonçalo e Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro, mostrou que sete em cada dez colaboradores já foram vítimas da violência enquanto trabalhavam em áreas de risco. Nesses territórios de exclusão, os prestadores de serviço enfrentam ameaças, roubos e agressões. O dado foi divulgado ontem, durante o “Reage, Rio!”, por Carlo Zorzoli, presidente da companhia no Brasil.

“O poder paralelo tem interesse que os serviços públicos não funcionem, porque assim os moradores são obrigados a recorrer aos que dominamo território. A existência de áreas onde as companhias de serviço público não têm a liberdade de operar no Rio está avançando. É inadmissível que uma empresa de serviços seja impedida de atender seus clientes por conta da criminalidade”, afirmou Zorzoli.

O fornecimento de energia elétrica é apenas um dos serviços impactados. Só no ano passado, a violência fechou 460 escolas públicas pelo menos um dia e gerou um prejuízo da ordem de R$ 6 milhões à Secretaria municipal de Saúde, como mostrou a cofundadora e diretora-executiva do Instituto Igarapé, Ilona Szabó. “O impacto na vida das pessoa sé brutal. Agente precisas e envolver na Segurança Pública, entender o que funciona e o que não funciona, para virar o jogo —afirmou Ilona, que apontou soluções como priorizar o enfrentamento ao crime organizado, promovera troca de informações entre órgãos, combatera corrupção policial e fiscalizara segurança privada.”

Diretorado Instituto de Segurança Pública, Joana Monteiro apontou a necessidade de mais estratégia na segurança: “A UPP virou a solução e o problema de todos os problemas do Rio. Agente resumiu nosso debate a isso. A política de pacificação teve resultados expressivos em redução de criminalidade. Mas mesmo tendo grande quantidade de recursos, o projeto teve dificuldade em grandes territórios”.

Professor do Instituto Meira Mattos da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, Guilherme Dias afirmou que ações da intervenção identificaram uma demanda reprimida por serviços na Vila Kennedy e no Jardim Catarina (São Gonçalo), e sugeriu que as concessionárias atuem junto com as forças de segurança. (fonte: Canal Energia)

ÁGUA, ENERGIA E SANEAMENTO NÃO SÃO MERCADORIAS!