Este será um dos temas a ser discutido entre o presidente da Eletrobras e representantes dos candidados à presidência, que começam a ser recebidos na estatal esta semana.

A Eletrobras caminha para concluir o ano fora do segmento de distribuição de energia. Porém, na visão da atual diretoria, um obstáculo ainda tem que ser superado, para o qual ainda não há saída definida, é a finalização das obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, que ainda demanda investimentos estimados em R$ 17 bilhões para ser concluída. A estatal avalia ceder uma participação na Eletronuclear a um grupo estrangeiro, que ficará responsável por fazer aportes na companhia e finalizar o empreendimento.

A elétrica brasileira, no entanto, permanecerá como controladora da subsidiária. A ideia é lançar uma concorrência internacional para atração de sócios nos próximos meses, antes do início do próximo governo.

A possibilidade de receber um sócio na Eletronuclear é uma das duas alternativas em estudo pelo grupo de trabalho criado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para analisar a retomada das obras da terceira usina nuclear brasileira. A outra alternativa, já conhecida do mercado, seria a companhia estrangeira entrar como sócia especificamente em Angra 3, aportando os recursos necessários para a conclusão da usina. Mas a operação da termonuclear continuaria nas mãos da Eletronuclear.

Segundo Wilson Pinto Júnior, presidente da Eletrobras, controladora da Eletronuclear, o CNPE deve se reunir no fim deste mês para decidir a solução que será tomada para a retomada das obras de Angra 3, que já consumiram R$ 13 bilhões. O grupo de trabalho entregou no início desta semana o relatório final sobre o tema.

Reunião com presidenciáveis

A questão da busca por um sócio para a Eletronuclear será um dos temas de conversas entre o presidente da Eletrobras e representantes dos candidados à presidência, que começam a ser recebidos na estatal esta semana.

A ideia das conversas, segundo o presidente da estatal, é entender a visão para infraestrutura e energia dos candidatos para a elaboração do próximo plano de negócios da empresa, para o período 2019-2023, e previsto para ser lançado no fim do ano.

“Vamos começar a recebê-los [representantes do setor de infraestrutura e energia dos candidatos]. E já teremos alguns ‘inputs’ do que eles querem. Vamos considerar isso também. Imagino que já possamos incorporar alguma coisa da visão ou da preocupação deles para a frente”, disse Pinto Júnior. (com informações: Valor online)

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