Tem algo muito estranho acontecendo dentro da DESO. Depois da execução de um concurso bastante concorrido, e que recentemente expirou a validade, ainda se vê, em muitos setores da Companhia, a deficiência de pessoal para suprir as antigas lacunas existentes de funcionários – o que foi a fundamentação básica para a abertura e realização do último concurso. E a falta de trabalhadores em algumas áreas continua gritante.

Além da DESO ter convocado os aprovados em número acima do que constava no edital, dentro da Companhia continua reinando a mesmice, ou seja, o velho esquema dos apadrinhamentos políticos. Quem tem os seus conchavos com chefes ou mesmo diretores são agraciados com portarias para cargos de supervisão, coordenações e tudo mais que se possa ser feito para se contemplar esse funcionário, mesmo que sem a qualificação específica para que  assuma a função, fugindo, na maioria das vezes, das atribuições para a qual ele prestou concurso.

Infelizmente, vê-se muito, ainda, dentro da DESO, determinações e pedidos de políticos de todas as esferas, de favorecimento a um ou outro funcionário, e isso vem fazendo um estrago imenso dentro do organograma funcional da Companhia. Isso porque este tipo de ingerência provoca entre os trabalhadores atritos, além do desestímulo natural que recai sobre aqueles que não compactuam com esse tipo de prática.

Esse desserviço gera desigualdade entre funcionários, em especial quando à remuneração, pois os apadrinhados, além da função superior ao cargo original que conquistou em concurso, começam a participar de escalas infindáveis de plantões e horas extras que engordam seus contracheques no final do mês.

Esperamos que a DESO reveja essa prática que nada contribui para coexistência saudável entre os trabalhadores. É preciso que a direção tenha um mínimo de independência para administrar a Companhia com mais eficiência, visando o seu crescimento.

Fonte: Ascom SINDISAN