O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas realiza uma paralisação no dia 06 de março, em todo o Estado, em protesto contra a privatização da Eletrobras Distribuição Alagoas – CEAL. Neste dia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES remarcou a audiência pública, que ocorrerá no prédio da ESMAL, próximo ao CESMAC, a partir das 9h, onde ouvirá a sociedade alagoana sobre a privatização da empresa. Essa será a segunda tentativa de realizar a audiência, que tem como objetivo prestar informações ao público, bem como receber sugestões e contribuições ao referido processo de privatização.

No dia 27/02, quando houve a primeira tentativa de realizar a audiência, no auditório do SENAI, o sindicato denunciou a dificuldade de acesso ao evento, que deveria ser público e aberto a todos/a. A presença de um forte aparato policial intimidou a presença da população. Além disso, para entrar no auditório era preciso apresentar identidade, passar por uma revista da polícia e fazer um cadastro.

A rua de acesso ao local da audiência esteve interditada desde as 6h da manhã, com um forte aparato policial antes mesmo de qualquer movimentação de trabalhadores/a. A cavalaria e viaturas da PM e da SMTT fecharam todos os caminhos, impedindo o livre acesso de quem desejava participar do evento. Desta forma, a população se viu impedida de participar, pois foi montado um aparato de guerra, inibindo a livre manifestação da população.

Após muita discussão, ficou clara a impossibilidade da continuidade da audiência, que foi suspensa pela organização. As falas daqueles que conseguiram entrar no auditório foram todas no sentido de que a Eletrobras permaneça pública. Em coro, os presentes deixaram claro que a CEAL é do povo alagoano e não deve ser privatizada.

Este é o momento em que a população alagoana e os/a trabalhadores/a terão, para expressar toda sua indignação contra a entrega do patrimônio do povo para a iniciativa privada, denunciando que esse processo somente trará aumento da conta de energia, piora da qualidade dos serviços para a população e o desemprego.

 

Fonte: Ascom Urbanitários de Alagoas