Para obter lucros cada vez mais altos, como vem ocorrendo nos últimos anos, a direção da Sanepar não mediu as consequências do corte de pessoal e de investimentos em manutenção e modernização de suas instalações.

Isto pode ser visto com a ocorrência de acidentes de trabalho, como o que ocorreu na ETA (Estação de Tratamento de Água) de Apucarana, na semana passada, na ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) em Curitiba, quarta-feira, deixando trabalhadores gravemente feridos.

Mais preocupada em economizar e a pagar dividendos mais polpudos aos acionistas, a empresa não tem investido em programas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e se limita a fazer aquilo que a legislação estabelece, ainda sim de forma tímida.

O setor que mais sofre com esse descaso é o Operacional, justamente aquele em que os salários são mais baixos e a falta de valorização contribuiu para surjam falhas na operação de equipamentos e até humanas, porque ninguém consegue trabalhar tranquilo e atento ao serviço sabendo que tem um monte de dívidas a saldar para manter a família.

Essa falta de atenção com a saúde e as condições de trabalho também ficam mais explícitas com a recusa da direção da Sanepar a negociar cláusulas da pauta de reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras que dizem respeito a estes temas.

Ano após ano os problemas são deixados de lado na discussão do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), como se não fossem importantes. Quando ocorrem acidentes, como estes dois de agora, a empresa se limita a lamentar, mas baixada a poeira tudo volta à normalidade, como se nada tivesse acontecido.

Para mudar esse comportamento da direção da Sanepar em relação à saúde e segurança dos trabalhadores e trabalhadoras, o SINDAEL vai buscar medidas necessárias junto aos órgãos competentes. Para o Sindicato, a vida dos sanepariano é mais importante do que essa política da empresa que só visa ampliar o lucro e agradar aos acionistas, sem se preocupar com as consequências disso.

Fonte: Ascom Sindael