As escalas de trabalho praticadas na CCO e na TAA necessitam de alterações urgentes. E a direção do Sindae já há alguns anos vem cobrando da empresa a abertura imediata de negociações para equacionar o problema; os dirigentes sindicais têm propostas concretas sem custo para a própria empresa.
A justificativa da Sanasa para negar a abertura de negociação é a de que as escalas atuais “foram implantadas com a anuência do sindicato e dos trabalhadores”. Mas, isso não é verdade.
Estas escalas foram impostas pela diretoria da Sanasa em 1997, sem qualquer discussão prévia. E não demorou para que os problemas começassem a aparecer; a entidade sindical alertou a empresa, porém, ela deu de ombros e não quis conversa.
Em março de 2018 o Sindae enviou ofício propondo mudanças nas escalas, sem sucesso. Na data-base daquele ano voltamos à carga e incluímos esta reivindicação na pauta, entretanto, de novo a Sanasa recusou-se a negociar.
No final de 2019, o sindicato voltou a pedir mudanças na escala. Desta vez, no documento enviado à empresa incluímos também uma proposta de escala. Novamente não houve manifestação da Sanasa.
Diante de tantas negativas, em março deste ano o Sindae enviou novo ofício à empresa, desta vez, reivindicando a instalação de uma comissão para discutir e rever as escalas, conforme disposto na Cláusula 54 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) vigente.
PROPOSTA DO SINDAE
A proposta da direção do Sindae é bem simples e nem é tão nova. Ela já é praticada em setores como as ETAs e a Captação. Propomos estender para a CCO e a TAA a jornada 6×4, fácil de implementar e sem geração de custos para a empresa.
O sindicato propõe que os funcionários mais antigos passem a fazer a mesma jornada daqueles mais novos, ou seja, nove horas diárias, sendo oito de trabalho por uma de descanso. Eles concordam com esta proposta, portanto, não existem razões para a Sanasa permanecer nesta intransigência toda de recusar a negociação.
Esta escala vai permitir a correção da situação esdrúxula vivida na TAA. Naquele setor, tem trabalhador que entra às 6 e sai às 14 horas, enquanto outro também entra às 6, mas, sai às 15 horas; outros entram às 14 e saem às 22 horas, enquanto outros entram no mesmo horário e saem às 23 horas.
Mas, como nada é tão ruim que não possam piorar, tem trabalhador que entra às 22 e saem às 6 horas da manhã e outro que entra às 22 horas, mas só vai para casa às 7horas.

Fonte: Ascom Sindae Campinas