Os presidentes dos Sindicatos majoritários na representação dos trabalhadores e trabalhadoras da Sanepar ser reuniram na tarde do dia 14/06, em Curitiba, com o diretor Jurídico da empresa, Flavio Slivinski, para discutir a questão da avaliação do sistema de Gestão por Competência de 2009.

Como era de se esperar, ele não tem autonomia para negociar nada e se comprometeu em levar as propostas das entidades sindicais para avaliação da Comissão de Negociação e da Diretoria da Sanepar e dar retorno na próxima segunda-feira (18).

Segundo Alexandre Schmerega Filho, presidente do SINDAEL, que participou da reunião, é possível que na proposta do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2018/2019 possam ter alterações no texto no que se refere ao pessoal que saiu por meio do PAI (Programa de Aposentadoria Incentivada) e do PDV (Programa de Demissão Voluntária).

O Jurídico disse que nos casos dos trabalhadores e trabalhadoras que ingressaram com ações individuais serão acatadas as decisões da Justiça. Se houver ganho de causa, o abondo de R$ 105,00 será cancelado e se for rejeitado essa verba será mantida no contracheque do empregado.

“Vamos aguardar a decisão da empresa a respeito desse assunto, mas independente disso a Assembleia está sendo realizada nos locais de trabalho e o clima de insatisfação é muito alto. A Sanepar incluiu essa questão judicial em meio às negociações salariais gerando inúmeras discussões em torno da aceitação ou não da proposta do ACT, envolvendo quem tem direito na ação da avaliação e aqueles que entraram depois”, explica.

Audiência no MPT

No dia 19 de junho, os Sindicatos majoritários estarão reunidos, em Curitiba, com o MPT (Ministério Público do Trabalho) para discutir o tema “Negociado sobre o Legislado”, que envolve a ação da avaliação de 2009 e outros assuntos.

De acordo com Alexandre Schmerega, a Audiência foi motivada pelas denúncias encaminhadas pelos trabalhadores e trabalhadoras da Sanepar ao MPT sobre a vinculação desta ação com o repasse de reajuste nos salários nas negociações do ACT deste ano.

“Dessa vez a diretoria da Sanepar não mencionou nada a respeito de ter que submeter o reajuste de 4,04% à CCEE (Comissão de Controle das Empresas Estatais). Será que estão utilizando a mesma artimanha de dobrar os salários da diretoria, enquanto manteve os cerca de 7 mil trabalhadores e trabalhadoras somente com a reposição da inflação”, questiona Alexandre.

Para ele, a audiência no MPT pode colocar fim nessa política de pessoal que vem sendo implantada na Sanepar nos últimos anos, focada na redução com as despesas da folha de pagamento, com o objetivo de sobrar dinheiro a ser gasto com os ocupantes do alto escalão, consultores, comissionados, repasse de dividendos aos acionistas e com propaganda nos meios de comunicação comercial para fins eleitoreiros.

Fonte: Ascom Sindael