Trabalhadores de Furnas debatem impactos econômicos e sociais da agenda de privatizações de Bolsonaro e Paulo Guedes

Especialistas e sindicalistas do setor elétrico estão reunidos no Rio de Janeiro até esta sexta-feira (25/1), no 36º Encontro Nacional dos Trabalhadores de Furnas, para tratar das possíveis consequências da privatização do sistema Eletrobras. De acordo com os participantes, a venda de estatais, proposta do governo de Jair Bolsonaro, é uma ameaça à soberania nacional e também aos empregos no setor.

Trata-se de um “retrocesso enorme”, segundo o diretor da Associação dos Empregados de Furnas (Asef), Felipe Ferreira de Araújo, em relação à visão adotada nas últimas décadas, que considerava o setor elétrico como estratégico para o desenvolvimento nacional. “Agora a proposta é de entrega total do patrimônio público e dos recursos naturais que nós temos”, afirmou. Segundo ele, a privatização da produção e da distribuição de energia coloca o Brasil em desvantagem em relação aos demais países.

Participaram da abertura do encontro, na última terça-feira (22) o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, e a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, que luta por critérios mais transparentes na formação da dívida pública.

Clemente defendeu um nova organização sindical, que proteja não apenas os trabalhadores formalmente contratados, mas também os informais e não sindicalizados. Já Maria Lúcia afirmou que a dívida pública, que atualmente consome 44% dos recursos do orçamento, tem servido como justificativa para o que ela chama de “contrarreformas”, que incluem as privatizações e as mudanças na Previdência. (fonte: Rede Brasil Atual)

Assista à reportagem da TVT: 

Leia também:
Especulações: ainda não há decisão sobre perda de controle da Eletrobras, afirma ministro
.  Eletrobras é uma empresa lucrativa: privatizar por quê?
Na venda das estatais não há preocupação com a função social: empresários só querem as que dão lucro

Urbanitários na resistência: contra à privatização do setor elétrico e do saneamento.
ÁGUA, ENERGIA E SANEAMENTO NÃO SÃO MERCADORIAS!