Desde que o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da MP da Eletrobrás, anunciou que apresentará uma proposta de fatiar a companhia para uma privatização direta, como alternativa à capitalização que a prepararia para a venda, vem se formando no governo a convicção de que o fatiamento pretendido é outro. Estaria em jogo a possibilidade de recalibrar a divisão dos R$ 60 bilhões que a União espera receber dos novos acionistas, ao longo de 30 anos. Hoje, de acordo com o projeto apresentado pelo executivo federal, em números redondos, a divisão é a seguinte: R$ 25 bilhões para a União, no ato; R$ 25 bi para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em depósitos mensais ao longo de 30 anos, e R$ 10 bilhões para três fundos regionais do Norte (Amazônia Legal), Nordeste (bacia do São Francisco) e Sudeste (Furnas), pagos também em parcelas mensais, mas pelo período de dez anos.

Fonte: Estado de SP