Desde muito cedo os trabalhadores e as trabalhadoras estiveram mobilizados em piquetes na porta das empresas do Sistema Eletrobras em protesto contra a MP 1031, que privatiza a maior empresa de pública de energia da América Latina.  De acordo com Fernando Pereira, um dos coordenadores do CNE, a adesão no primeiro dia foi muito significativa. “Os trabalhadores entenderam que o momento é crítico, por isso a adesão foi bem forte a luta dos sindicatos. Mais de 80% da manutenção e administrativo. A operação está trabalhando em escala especial para garantir o serviço da população, porque temos compromisso e responsabilidade com a sociedade, ao contrário deste governo”, disse.

Mais uma vez fica a crítica aqui em relação ao comportamento de alguns gerentes, que no desejo de defender os interesses da empresa, se prestaram ao papel de ficar ameaçando os empregados ou soltando notas condenando o movimento que é legítimo. O mais lamentável é que é a greve visa também defender o emprego dos cargos gerenciais também. Ou seja, é uma total contradição de classe, porque todos são trabalhadores, independente da função que exercem no Sistema Eletrobras.  Os exemplos nas empresas privatizadas mostram que os primeiros a serem demitidos são os gerentes, basta acompanhar o que ocorreu na Cemar ou na CEPISA.

A luta do CNE se dá em todas as bases do Sistema Eletrobras, dialogando com os trabalhadores e as trabalhadoras, fazendo o trabalhado de convencimento ao demonstrar que caso seja privatizada as demissões serão em massa.  Nas demais empresas de energia que passaram ao controle privado, a lógica é pagar menores salários para novos contratados, terceirizar, precarizar e assim aumentar a margem de lucro com tarifas exorbitantes.

O CNE através da campanha Salve a Energia também esta conversando com a sociedade, deixando claro que a privatização será um péssimo negócio, tanto para população, que terá um grande aumento na conta de luz, quanto para o setor produtivo que será atingido também com tarifas exorbitantes.

Dando continuidade à luta política o CNE está desde ontem, terça-feira, no senado conversando com cada senador, argumentando com dados precisos, fruto de muitos estudos, os riscos da privatização para o país, através de uma parceria com o DIEESE (arte abaixo). Especialmente neste momento, de crise hídrica e que pode levar a um possível apagão.

 

A luta continua nesta quarta-feira em todas as bases. Não à privatização do Sistema Eletrobras!