Audiência pública da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara debateu, nesta terça-feira (22/5), as denúncias sobre a contratação de empresa de comunicação pela Eletrobras para depreciar e, assim, facilitar a entrega da estatal à iniciativa privada.

O presidente da Eletrobras, Wilson Pinto Júnior, foi convidado a esclarecer a admissão de um contrato, de aproximadamente R$ 2 milhões, com a FSB Comunicação, que atua para desmoralizar a estatal e “enganar a população”, segundo a deputada. A contratação ganhou repercussão na mídia após publicação da agência Sportlight, no mês de abril.

Wilson Pinto argumentou que a contratação foi realizada de forma lícita e a empresa tem como função informar a sociedade sobre os “benefícios” da privatização com base na proposta do Projeto de Lei 9463/18.

Para a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), autora do requerimento para a realização da audiência, a argumentação do presidente não é convincente. “Temos um presidente que tentou explicar, mas não convenceu. Aqui está sendo urdido um dos maiores golpes contra o patrimônio deste Brasil”, enfatizou a deputada.

Ela sugeriu ainda a dispensa da empresa contratada. “O senhor deveria dispensar essa FSB, ela está sendo muito incompetente. Cada dia que passa, o povo brasileiro aumenta a sua convicção de que a Eletrobras não pode ser vendida”, destacou.

De acordo com o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), o processo de privatização da Eletrobras faz parte do golpe e das políticas neoliberais que estão sendo “empurradas goela abaixo do povo brasileiro sem discussão nas urnas”, disse.

A representante da FNU/CNE e Stiu-DF, Fabiola Antezana, denunciou a contratação de outras consultorias sem licitação pela Eletrobras. Entre elas a BTG Pactual, diretamente interessada na privatização da estatal.

Na oportunidade, parlamentares e representantes das entidades sindicais questionaram o posicionamento do presidente da Eletrobras em relação ao tratamento dado aos trabalhadores e trabalhadoras da empresa, bem como, sobre a denúncia de ter solicitado um reajuste de cerca de 46% no seu salário. De acordo com o documento encaminhado à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais – SEST, a proposta requeria a revisão da remuneração de R$ 52.355,71 para R$ 76.610,66. (fonte: Stiu-DF)

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