Na quinta-feira, 15, os Sindicatos (Urbanitários e Engenheiros) e representantes da Celpa Equatorial tiveram reunião por videoconferência sobre a PLR 2020. Na ocasião, o Sindicato apresentou uma proposta: Considerando todos os efeitos da pandemia, a proposta consiste no pagamento da PLR para todos e todas de todos os segmentos, sendo que as notas seriam estipuladas da seguinte maneira: quem tirou nota abaixo de 8, ficaria com nota 8 e quem tirou 8 ou mais, ficaria com a sua nota alcançada. Desta forma, o pagamento se daria proporcionalmente às notas, sendo a nota mínima 8.
Bonificação Adicional – Para a bonificação adicional, a proposta dos Sindicatos é que no cálculo seja desconsiderado o IAR (Índice de Arrecadação). Assim, seria considerado somente o custeio. O motivo de propormos o descarte do IAR todos sabem, esse índice foi fortemente atingido pelas medidas decorrentes da pandemia, como a suspensão de corte de fornecimento de energia, o que afetou diretamente a arrecadação do ano de 2020.
Levando em conta somente o custeio, nossa proposta para a Bonificação Adicional é que passe a ter o valor de 50%, isto é, meio salário mais a periculosidade, ao invés de um salário e a periculosidade.
Imposição – Lamentavelmente até a última reunião, os representantes da Equatorial Pará (Celpa) foram para a reunião com os sindicatos não para negociar, mas para tentar impor uma proposta de PLR. E defenderam uma proposta que é visivelmente prejudicial aos trabalhadores, pois não leva em conta os fatos iniciados em 2020, ou seja, o surgimento de uma doença que afeta todos os continentes e impõe a necessidade de medidas para minimizar a crise causada pela pandemia da Covid-19.
Pior que isso, a proposta da direção da Celpa Equatorial tem objetivo de lucrar (ainda mais) com a pandemia, quando deveria reconhecer o valor dos trabalhadores/as e usar a PLR como meio de minimizar a crise daqueles que lutam diariamente para aumentar o milionário lucro da Celpa Equatorial. Aliás a empresa sempre tenta achar uma forma de ganhar à custa do prejuízo do trabalhador, como por exemplo fez ao usar a divulgação do IASC para tentar justificar o descumprimento do prazo de pagamento da PLR, que pelo acordo seria 31 de março.
Nunca é demais lembrar que a empresa vai muito bem financeiramente, lucrou nada menos que R$ 624 milhões em 2020, resultado maior em 37,8% que o lucro de 2019. Muitos segmentos tiveram prejuízo, mas o Grupo Equatorial, ao contrário, cresceu e lucrou de forma bilionária, R$ 2.257 bilhões ano passado, por isso é plenamente possível que pague uma justa PLR aos que ela chama de colaborador.
Nova Reunião – Na intenção de buscar uma solução para o pagamento mais justo da PLR 2020, o Sindicato dos Urbanitários do Pará enviou, na manhã desta segunda-feira, 19, um ofício ao presidente da Equatorial Pará (Celpa), nos colocando à disposição para encontrar uma solução negociada em mesa. Ainda na tarde da segunda-feira, 19, a empresa fez contato confirmando reunião para esta quinta-feira, 22, às 15h.

Fonte: Ascom STIUPA