25/07/2017

Sindur e Caerd não chegam a um acordo na Justiça do Trabalho e greve continua

por: Sindur

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Rondônia (Sindur) e a Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia (Caerd) não chegaram a um acordo na audiência de conciliação do Dissídio Coletivo de Greve realizada nesta quinta-feira (13/07), no Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região. Com isso, a greve iniciada no último dia 11 pelos trabalhadores deve continuar, no percentual de 30%, conforme determinou a Justiça do Trabalho na terça-feira (11/07).

Dirigida pelo presidente do TRT14, desembargador do Trabalho Shikou Sadahiro, a audiência contou com a presença de grevistas que acompanharam as manifestações dos representantes do sindicato e da Companhia.

Após intenso debate entre as partes, o Sindur propôs à Caerd o seguinte: a garantia do pagamento do salário dos trabalhadores do menor para o maior, pagando primeiro os efetivos e, somente após, os membros da Diretoria e os cargos comissionados, sob pena de multa; o pagamento dos sete dias de greve do ano passado, que ainda estão pendentes, bem como a garantia de ausência de desconto dos dias parados durante o atual movimento grevista; aguardar a proposta do Conselho de Administração da Caerd quanto à nova propostas de perdas salariais, no importe de 3,9870%, como também o ganho real na ordem de 2,64%, discutidas no presente dissídio coletivo, além de proposta para implantação do percentual garantido na sentença normativa de 7%, bem como pagamento do retroativo considerando a data-base 01/05/2016; e que a empresa se abstenha de nomear novos cargos em comissão até o julgamento final da ação civil pública nº 666/2015.

Em resposta, a Caerd, por meio do advogado Alessandro Silva de Magalhães, afirmou ser necessário levar a proposta ao Conselho de Administração, pois firmando o compromisso de levar tal proposta para reunião no referido Conselho que deve ser reunir nesta sexta-feira (14/07).

O desembargador consultou novamente as partes sobre a possibilidade de um acordo parcial para suspender o movimento grevista, onde o Sindicato apresentou uma nova proposta, no que tange em garantir o pagamento dos trabalhadores do menor para o maior, pagando primeiro os efetivos e, somente após, os membros da Diretoria da Caerd e os cargos comissionados, sob pena de multa, bem como a garantia de não haver descontos dos dias parados no atual movimento grevista, até a deliberação do Conselho e nova audiência de conciliação no dia 21 de julho. A Caerd novamente afirmou que teria autonomia na audiência de apenas concordar com o acordo parcial de suspensão da greve garantindo o pagamento dos dias parados do atual movimento, proposta que não foi aceita pelos representantes dos trabalhadores.

O Ministério Público do Trabalho, por meio da procuradora do Trabalho, Marielle Rissanne Guerra Viana Cardoso, ressaltou ainda a preocupação com a greve em atividade essencial e se efetivamente o eventual adiamento da audiência, proposto pela Caerd, teria algum proveito diante do histórico exposto pelo Sindur de reuniões frustradas do Conselho de Administração.

Por fim, Shikou Sadahiro encerrou a fase de tentativa de conciliação pela Presidência do Tribunal, ressaltando que o relator a assumir a ação poderá marcar nova audiência de tentativa de conciliação. Dessa forma, o processo segue o seu rito normal.

 

17/07/2017

Sindaema promove reunião de conciliação com a Cesan no MPT

por: Sindaema-ES

No último dia 6 de julho, diretores do Sindaema se reuniram com representantes da Cesan para uma audiência de conciliação no Ministério Público de Trabalho. A reunião foi um desdobramento do ofício, protocolado no dia 5 de junho no MPT, que solicita ao órgão a investigação quanto às graves condições de trabalho dos atendentes comerciais da Cesan.

Esta não é a primeira vez que o sindicato questiona a empresa e pede soluções quanto ao trabalho desgastante e precário exercido pelos atendentes da companhia, principalmente os que exercem o ofício na Grande Vitória. Esses trabalhadores e trabalhadoras estão adoecendo com uma rotina sobrecarregada, já que a companhia não realiza concurso público para repor as vagas dos funcionários que se aposentaram ou saíram da empresa. Com essa sobrecarga, a prestação do serviço tem se tornado insuportável para os atendentes comerciais.

O Sindaema apresentou dados que mostram que o número de trabalhadores afastados tem crescido em virtude das más condições de trabalho. A solução apresentada pelo Sindicato é abrir Edital de concurso para preenchimento das vagas. Entretanto, a Cesan afirma que não possui cargos vagos, pois é feito o redimensionamento sempre que necessário.

Já os representantes da Cesan afirmaram mais uma vez que não há cargos vagos, pois é feito o redimensionamento sempre que necessário. Na visão da empresa a redução nos atendimentos  se deve há um acumulo sazonal de atendimentos que é consequência de um pleito da própria categoria para não trabalhar em dias úteis entre feriados e finais de semana.

O Procurador propôs que o Sindicato faça um levantamento do quantitativo de trabalhadores por unidade, quantos trabalham no atendimento ao público, quantos estão afastados e a rotatividade nos locais que são terceirizados, para que possa ser estudada uma solução visando à melhora no ambiente de trabalho.

 

O Procurador também propôs a Cesan que apure esses questionamentos trazidos pelo Sindaema e volte a olhar para esse setor, na tentativa de verificar se esses afastamentos relatados são causados pelas condições de ambiente de trabalho e, mesmo que não sejam, que se dê uma atenção médica e psicológica especial a esses trabalhadores. Em resposta a esse pedido, a Cesan declarou que não reconhece as alegações apresentadas pelo sindicato, por não refletirem a realidade.

 

11/07/2017

Trabalhadores da Deso param atividades em protesto contra privatização

por: por Assessoria de Comunicação SINDISAN

Nesta terça-feira, 11/7, durante todo o dia, os trabalhadores da Deso irão cruzar os braços em protesto pela continuidade das ações dos governos Estadual e Federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com vistas a implementar uma possível privatização da Companhia.

A paralisação das atividades foi deliberada pela categoria, em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (10) e conduzida pelo sindicato, o SINDISAN.

Na sede da Deso, amanhã, será realizada a segunda videoconferência entre técnicos da Companhia, do Consórcio Sanear e do BNDES – que estarão na sede do banco, no Rio de Janeiro. O objetivo é dar início aos estudos de viabilidade econômica da Companhia de Saneamento de Sergipe, que está entre as seis classificadas pelo BNDES para esses estudos, como parte do programa de desestatização das companhias estatais de saneamento, posto em andamento pelo Governo Federal.

“A categoria deliberou e vamos parar contra o andamento do cronograma de privatização da Deso. Entendemos que a água tem um valor essencial para a vida e deve estar sob controle do Estado e não da iniciativa privada, que vai tratar esse bem essencial à população como commodities, como um produto para gerar lucro para acionistas”, explica Sérgio Passos, presidente do SINDISAN.

“Vamos continuar com essa luta em defesa da Deso como empresa pública, porque é de interesse maior da população. Se for privatizada, o valor da tarifa de água vai dobrar e até triplicar, como aconteceu em algumas cidades onde a iniciativa privada assumiu o controle do saneamento básico, usufruindo, inclusive, de gordas fatias do dinheiro público. É preciso que o governador Jackson Barreto recue dessa decisão e mantenha a Deso como patrimônio do povo sergipano”, enfatiza Passos.